Uma mesquita pegou fogo nesta terça-feira no que se suspeita tenha sido mais um incêndio criminoso na Cisjordânia ocupada. O nome de um grupo militante israelense chamado “etiqueta de preço” foi encontrado escrito em uma parede, disseram autoridades palestinas e testemunhas.
A polícia israelense disse estar investigando o incidente, que aconteceu em Agraba, uma vila a leste de Nablus.
O presidente de Israel, Reuven Rivlin, condenou o incêndio em Aqraba e fez um chamado ao chefe da polícia israelense para que encabece a investigação, acrescentando que o caso "tem de ser tratado como terrorismo".
Residentes disseram à Reuters ter notado uma fumaça vindo do prédio antes da madrugada e, por isso, correram para conter as chamas, que danificaram um tapete e enegreceram uma das paredes.
Ghassan Daghlas, um representante palestino na área de Nablus, disse suspeitar que colonos judeus na área haviam realizado o ataque. A colônia judaica de Itamar fica cerca de 4 quilômetros ao norte de Agraba.
“Eles quebraram uma janela e atiraram uma bomba incendiária dentro da mesquita, a qual queimou o carpete”, disse Daghlas.
Do lado de for a da mesquita foram inscritas em hebraico as palavras “etiqueta de preço”, disse um câmera da Reuters. Esse é o nome de um grupo extremista israelense que já realizou ataques contra palestinos, árabes israelenses e propriedades religiosas na Cisjordânia e em Israel desde 2008.
O grupo disse que busca cobrar um preço para qualquer oposição à construção de colônias judaicas nas terras palestinas ocupadas por Israel.
(Por Abed Qusini e Ali Sawafta)