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ONU denuncia que chega a 139 o número de mortos em Alepo

Contagem se refere aos últimos dias, em que cidade sofreu mais de 150 ataques; membros da ONU fazem reunião de emergência neste domingo

Atualização:

A Organização das Nações Unidas - ONU denuncia neste Domingo que ao menos 139 pessoas morreram nos últimos dias em Alepo, cidade da Síria que 'vive a pior semana' nos seis anos de conflido armado no país. 'são dias assustadores (...) Não nada que justifique o que está acontecendo diante de nossos olhos', declarou o enviado especial da ONU, Staffan Mistura. 

Mustura deu as declarações neste domingo, ao conselho de segurança da ONU, em reunião de emergência convocada para discutir o assunto.

ONU denuncia que chega a 139 o número de mortos em Alepo Foto: AFP

Reunião de emergência. O ministro de relações exteriores da França, Jean-Marc Ayraul, disse que Rússia e Irã serão culpadas por crimes de guerra se não pressionarem o presidente da Síria, Bashar Assad, a finalizar a escalada de violência. "Ele claramente fez a escolha por uma escalada militar. Eu chamo Rússia e Irã a se juntarem e mostrarem responsabilidade, colocando um fim nesta estratégia. Se não, Rússia e Irã serão cúmplices dos crimes de guerra cometidos em Alepo."

Homem anda sobre escombros em mais um ataque à cidade de Alepo, na Síria; segundo a ONU, número de mortos nos últimos dias chega a 139 Foto: AFP

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Acusações. Em uma entrevista para a BBC, o secretário britânico Boris Johnson afirmou que a Rússia deveria ser investigada por crimes de guerra pelo ataque contra um comboio civil de ajuda humanitária no dia 19 de setembro, que deixou 20 mortos. A Rússia nega envolvimento e sugere que o ataque foi cometido por rebeldes sírios ou por um drone dos Estados Unidos.

Em sua conta no Facebook, a ministra de relações exteriores da Rússia, Maria Zakharova, rapidamente respondeu às declarações de Boris Johnson. "O ministro das relações exteriores da Grã-Bretanha, Boris Johnson, disse em uma transmissão da BBC que a Rússia é culpada pela guerra civil na Síria e, possivelmente, por cometer crises de guerra sob a forma de ataques aéreos contra um comboio de ajuda humanitária. Tudo isso é certo, exceto por duas palavras: em vez de Rússia precisa ser Grã-Bretanha e ao invés de Síria, Iraque".

Mortes. Pelo menos 23 civis foram mortos no mais recente ataque aéreo do governo sírio na cidade de Aleppo, informou o Observatório Sírio para Direitos Humanos. Já Ibrahim Alhaj, da Defesa Civil, informa que hospitais e equipes de resgate relatam 43 pessoas mortas até o momento.

"Eu nunca vi tantas pessoas morrendo em um lugar", disse Mohammad Zein Khandaqani, membro do conselho médico. "Está assustador hoje. Em menos de uma hora, os aviões russos mataram mais de 50 pessoas e feriram mais de 200." (Associated Press e EFE)

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