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Presidentes palestino e turco definem estratégia contra ação dos EUA

Mahmoud Abbas desiste de encontrar vice norte-americano, e na Turquia mandatário Erdogan se coloca como intermediário peça-chave na região

Atualização:

O presidente palestino Mahmoud Abbas não irá se encontrar com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, na Cisjordânia neste mês, em uma reação à contestada decisão norte-americana de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. A mudança de planosde Abbas está em linha com estratégia de países como a Turquia, que pretende liderar as reações pró-palestina. O presidente turco Recep Tayyip Erdogan está articulando medidas e pretende melhorar sua imagem na região. 

Presente palestino Mahmoud Abbas fala à Palestine TV. Foto: Palestine TV/AFP

A decisão de Donald Trump interrompeu uma política adotada pelos EUA há muito tempo. Israel diz que não irá renunciar a nenhuma parte de Jerusalém, enquanto os palestinos reivindicam a porção leste da cidade como sua futura capital. Pelo consenso internacional, a definição deve ser determinada em negociações.  Turquia e Israel tiveram uma relação diplomática tumultuada por muitos anos, até que em 2016 ela foi normalizada, apesar de Erdogan seguir criticando autoridades israelenses.

O presidente truco, Recep Tayyip Erdogan. Foto: Kayhan Ozer/AP Photo via AP Pool

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O conselheiro diplomático de Abbas, Madju Khaldi, disse neste sábado, 9, que Abbas não quer se encontrar com Pence "pois os EUA passaram dos limites" em relação a Jerusalém.  Anteriormente, Abbas via como estratégica uma relação próxima aos EUA, que eram um importante mediador no Oriente Médio. A decisão de não encontrar Pence sinaliza uma forte deterioração das relações. 

Já sobre as estratégias de Erdogan, liderar a reação aos EUA  é também uma estratégia eleitoral  - a população turca é fiel à questão palestina. O presidente ainda quer se colocar como um intermediário peça-chave na região, e nesta semana conversou com dirigentes do Oriente Médio,  Vladimir Putin e até o Papa Francisco. Das agências de notícias AFP e AP. 

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