OFENSIVA
Israel lançou sua ofensiva em Gaza, enclave dominado pelo Hamas, em 8 de julho, realizando bombardeios em resposta a um surto de ataques contra seu território. Tanques e infantaria invadiram o enclave palestino, de 1,8 milhão de pessoas, em 17 de julho.
Autoridades de Gaza dizem que pelo menos 1.509 palestinos, a maioria civis, foram mortos e 7 mil ficaram feridos. Do lado de Israel, 63 soldados perderam a vida e mais de 400 se feriram. Três civis morreram devido a foguetes disparados por palestinos contra Israel.
Algumas horas após a trégua ter entrado em efeito, tanques e artilharia israelense abriram fogo no sul da área de Rafah, e um hospital local disse que 40 pessoas foram mortas - número que se elevou para 50, segundo o Ministério da Saúde.
Oito foguetes e projéteis de morteiros foram disparados de Gaza para Israel, segundo os militares, acrescentando que um foi interceptado por seu sistema antimisseis e sete caíram em áreas abertas.
Após o cessar-fogo ter começo nesta sexta-feira, as ruas de Gaza começaram a se encher de famílias palestinas. Com seus pertences, elas voltavam para as casas que deixaram durante os intensos combates que destruíram ou danificaram milhares de prédios.
“Estamos voltando para Beit Lahiya (norte da Faixa de Gaza)”, disse Asharaf Zayed, de 38 anos e que tem quatro filhos. “Esperamos que a trégua seja permanente e não tenhamos que voltar para um abrigo da ONU."
Em meio a um forte apoio em Israel para a campanha em Gaza, Netanyahu enfrentou intensa pressão internacional para conter suas forças militares.
O clamor internacional para o fim na violência se intensificou após o ataque de artilharia, na quarta-feira, que matou 15 pessoas abrigadas em uma escola da ONU no campo de refugiados de Jabalya, em Gaza.
(Reportagem adicional de Ari Rabinovitch, David Brunnstrom em Nova Déli; Lesley Wroughton em Washington; Michelle Nichols nas Nações Unidas; e Omar Fahmy no Cairo)