adrianacarranca
02 de julho de 2007 | 12h33
Desde os tempos dos faraós, o comércio é uma importante fonte de renda para o povo egípcio. Os mercadores de hoje, no entanto, já não têm o glamour dos livros de história. Com o desemprego atingindo 25% da população ativa, segundo analistas – 8%, de acordo com o governo – e uma pobreza evidente, o comércio informal é a única forma de sobrevivência para muitos. Vende-se de tudo nas ruas da capital, Cairo. Seguindo a minha viagem, divido com os blogueiros algumas cenas dessa realidade.
Numa tarde de muito calor, essa mulher se refugia com o filho na sombra. Ela vende lenços de papel e outras coisas simples em um rua do centro
Melancias e outras frutas cultivadas em pequenas hortas ao longo do Nilo são transportadas em carroças e oferecidas de porta em porta
Cabras são criadas no quintal de casas pobres e vendidas nas ruas.
Essas duas mulheres fazem bijuterias em casa. Elas me disseram receber 4 pounds egípcios (R$ 1,4) para cada 100 brincos entregues a revendedores, que cobram muito mais dos turistas no tradicional bazar Khan el Khalili.
Mãe e filhas vendem cartões postais para quem visita as pirâmides.
Os homens transformam o sol do deserto, que faz a temperatura chegar a 42 graus, em oportunidade. Circulam pelo centro carregando enormes latões de chá, servidos em um único copo de vidro compartilhado entre todos.
Também há serviços como o de engraxate. Esse senhor espera por clientes lendo versos do Alcorão, o livro sagrado do islamismo.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.