Segundo ele, a Rio+20 será um processo muito mais inclusivo, sobre desenvolvimento social, economia verde.
"A questão climática é um tema mais específico, importante para o desenvolvimento, mas não realmente conectada com a Rio+20", ele me disse.
Os Estados Unidos não têm interesse em "bombar" a reunião porque o presidente Barack Obama provavelmente não virá, pois estará no meio da campanha para a reeleição.
Já o embaixador e chefe da delegação brasileira na COP-17, André Corrêa do Lago, discorda do americano. "O conceito de desenvolvimento sustentável saiu de um consenso do Rio em 1992, ao mesmo tempo que saiu a Convenção do Clima. Então, óbvio que mudança do clima é uma coisa incontornável na Rio+20. Agora o que é interessante é que enquanto desenvolvimento sustentável em 1992 era considerada uma coisa meio idealista, hoje em dia isso é na verdade a resposta para a mudança do clima", diz.
E completa: "Há uma ligação com a mudança do clima, mas não há uma ligação entre a Rio+20 e a negociação de mudança do clima. Mas o tema é absolutamente central porque é ele que dá hoje mais sentido do que nunca para a ideia do desenvolvimento sustentável".