O projeto, que visa a "reduzir o espaço dos veículos" e "lutar contra a poluição", foi apresentado ontem pelo prefeito Bertrand Delanoë. A experiência já é implementada aos domingos, mas será estendida a todos os dias da semana. No lugar de asfalto e dos 40 mil carros que cortam todos os dias a cidade pela autoestrada urbana, surgirá um boulevard com bancos, jardins arborizados, ciclovias, pista de cooper, quadras esportivas, um cinema ao ar livre e até ilhas artificiais sobre o Sena, que se situarão nas imediações de Concorde, no coração da cidade.
As reformas custarão EUR 40 milhões, além de EUR 2 milhões anuais em manutenção.
Mesmo com a resistência, a iniciativa deve seguir seu trajeto até a implantação, caso seja aprovada no Conselho Municipal, parlamento equivalente às câmaras de vereadores no Brasil. A ideia de aumentar os espaços de convívio público e estimular o transporte coletivo faz parte de um processo mais longo de retirada dos automóveis do âmago do transporte de Paris. Nos últimos 10 anos, o número de imatriculações 75 - o número que consta nas placas dos carros da capital - caiu 20%.