Por trás da escassez de tampões estão as barreiras protecionistas, especialmente o sistema de Declaração Juramentada Antecipada de Importação (DJAI), que obriga todas as empresas que desejem importar a apresentar, de forma prévia, um relatório detalhado à Administração Federal de Ingressos Públicos (Afip), denominação da receita federal argentina. No entanto, a norma não contempla qualquer espécie de prazo para que o Fisco emita uma decisão. Desta forma, os empresários frequentemente esperam longos meses até saber se poderão - ou não - importar um insumo ou bem de consumo.
A escassez de tampões começou a ser sentida em outubro em diversas cidades do interior do país, entre as quais a segunda maior da Argentina, Córdoba. Em novembro a escassez iniciou na própria Buenos Aires. Nas últimas semanas de dezembro encontrar esse produto era uma tarefa de Hércules na capital do país.
O governo Kirchner afirma que a escassez de tampões não é sua culpa e acusa as empresas de não terem preparado estoques perante a demanda.
No entanto, Miguel Ponce, porta-voz da Câmara de Importadores da Argentina (Cira), afirmou que o governo, além de não aprovar os formulários das DJAI há tempos, tampouco permite às empresas importadoras acesso aos dólares para realizar essas compras no exterior.
Os tampões costumeiramente consumidos pelas argentinas são Made in Colombia e Made in Brazil.
Fontes do governo indicaram que a crise dos tampões será resolvida na semana que vem. Nas redes sociais a escassez de tampões tornou-se um dos assuntos mais comentados na última semana.
Em 2009 "Os Hermanos" recebeu o prêmio de melhor blog do Estadão (prêmio compartilhado com o blogueiro Gustavo Chacra). Em 2013 publicou "Os Argentinos", pela Editora Contexto, uma espécie de "manual" sobre a Argentina. Em 2014, em parceria com Guga Chacra, escreveu "Os Hermanos e Nós", livro sobre o futebol argentino e os mitos da "rivalidade" Brasil-Argentina.
No mesmo ano recebeu o Prêmio Comunique-se de melhor correspondente brasileiro de mídia impressa no exterior.