Foto do(a) blog

Os Hermanos

Lei de Mídia "Nac e Pop" proíbe o estrangeiro. Mas, se for friendly, torna-se mais argentino do que um alfajor de chocolate

PUBLICIDADE

Por arielpalacios
Atualização:

 Bandeiras dos EUA e da Espanha superpostas. Empresas americanas possuem vantagens jurídicas na Argentina. Empresas espanholas idem, por outras vias. Lei de Mídia impede que empresas estrangeiras sejam donos de canais na Argentina. Mas, se os canais são friendly, tornam-se mais argentinos que o alfajor de chocolate. 

PUBLICIDADE

A Lei de Mídia impede que um empresário estrangeiro tenha mais de 30% de um meio de comunicação e que controle a empresa. Desta forma, ficariam proibidas as existências do canais Telefé e Nueve, que são respectivamente de uma empresa espanhola e de um mexicano. No entanto, ficaram de fora das críticas da presidente Cristina e seus ministros, já que possuem um discurso altamente elogioso com o governo Kirchner e omitem notícias inconvenientes para a Casa Rosada.

Ao longo das últimas duas semanas, com a proximidade do deadline oficial para a adequação total às normas da Lei de Mídia, surgiram críticas da oposição e de empresários argentinos sobre os favores feitos pelo governo Kichner aos estrangeiros. No entanto, Martín Sabbatella, presidente da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação (Afsca), a entidade encarregada da aplicação da lei de mídia, defendeu os empresários estrangeiros, alegando que são legalmente argentinos.

Sabbatella admitiu que existe uma exceção para a americana Directv, de televisão por satélite, já que tem existência prévia o acordo de investimentos recíprocos com os EUA.

Além disso, Sabbatella nada diz sobre o ponto da lei de mídia que impede que uma empresa estrangeira tenha incompatibilidade para agir na mídia por ser companhia de serviços público, como é o caso da Telefónica. A empresa, graças à presidente Cristina Kirchner, controla também a Telecom da Argentina, criando um cenário de oligopólio no qual a companhia ibérica domina 70% da telefonia argentina.

Publicidade

O outro caso é o do Canal Nueve, do empresário mexicano Ángel Remigio González-González, que conseguiu a licença da empresa por intermédio de uma companhia com base nos EUA. Seu canal transmite diversos programas cujos apresentadores disparam fortes acusações contra os partidos da oposição e a mídia crítica com os Kirchners.

Telefé ocupa o primeiro lugar de audiência, seguido de perto pelo Canal Trece, pertencente ao Grupo Clarín, crítico com o casal Kirchner. O Nueve disputa o terceiro posto de audiência com o América 2, canal argentino que também está alinhado com a presidente Cristina.

O Telefé e o Nueve foram favorecidos com a participação há mais de um ano no pacote de TV digital da presidente Cristina. O Grupo Clarín, de capital nacional, não conseguiu a concessão para as operações com o sinal digital.

E para encerrar esta madrugada, o segundo movimento de "Fiesta criolla" do americano Louis Moreau Gottschalk:

 

 
 

Em 2009 "Os Hermanos" recebeu o prêmio de melhor blog do Estadão (prêmio compartilhado com o blogueiro Gustavo Chacra).

Publicidade

 
 

Publicidade

E, the last but not the least, siga o @inter_estadão, o Twitter da editoria de Internacional do estadão.com.br .

Conheça também os blogs da equipe de Internacional do portal correspondentes, colunistas e repórteres.

 

.......................................................................................................................................................................

Comentários racistas, chauvinistas, sexistas, xenófobos ou que coloquem a sociedade de um país como superior a de outro país, não serão publicados. Tampouco serão publicados ataques pessoais aos envolvidos na preparação do blog (sequer ataques entre os leitores) nem ocuparemos espaço com observações ortográficas relativas aos comentários dos participantes. Propaganda eleitoral (ou político-partidária) e publicidade religiosa também serão eliminadas dos comentários. Não é permitido postar links de vídeos. Os comentários que não tiverem qualquer relação com o conteúdo da postagem serão eliminados. Além disso, não publicaremos palavras chulas ou expressões de baixo calão (a não ser por questões etimológicas, como background antropológico).

Publicidade

 
 
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.