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Os Hermanos

Perón: robótico, gigantesco e online. E volta e meia arrasa Tóquio.

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Por arielpalacios
Atualização:

O caudilho que virou videogame: Tal como Godzilla, que não pede licença para passar, um robótico Juan Domingo Perón arrasa a capital japonesa.

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A trama do jogo é esta: cientistas malucos japoneses construíram um robô gigante em 1945, logo após perder a guerra. E, aproveitaram que Perón estava despontando na distante América do Sul e decidiram que o robô teria sua cara, em sua homenagem.

Mas, a IA (inteligência artificial) do mega-autômata descontrolou-se. E este gigantesco Perón metálico começou a destruir a capital japonesa.

Tal como Godzila costumava flanear pelas ruas da capital do Império do Sol, Perón - neste game - caminha por Tókio arrasando tudo, enquanto diz "justiça social, justiça social" e "companheiro, companheiro".

Godzilla lançava raios pela boca (além de fogo, dependendo da versão). Este Perón desfere seus mortíferos raios-laser oculares. Aqui, dispara o laser contra um caça-bombardeiro nipônico.

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Os criadores destacaram que o jogo foi criado no final de 2010, meses antes do tsunami que arrasou o norte do Japão em março passado.

"O conceito do jogo apela ao absurdo. Achamos divertido que Perón fosse um robô. Mas, na realidade, não há intenção política", sustenta um dos criadores, Nicolas Viegas Palermo.

O fundo musical é um remix metal da marcha "Los muchachos peronistas".

Para brincar com o general, clique aqui.

Gorilas, Perón e Evita. E os choripanes.

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Neste game, Perón deve resgatar os trabalhadores, colocá-los no ônibus onde haverá "choripán" (o sanduíche popular distribuído pelos políticos a granel nas manifestações) e um refresco e leva-los à Praça de Mayo, centro principal das marchas peronistas. Evita aparece quando tudo dá certo.

Os autores destacaram que o game ironiza tanto os anti-peronistas como os próprios peronistas e suas práticas políticas.

Cartaz do "Codear", o concurso que reúne games inspirados nas figuras do peronismo. Na ilustração, Perón e Evita jogam na frente da tela.

E neste outro link, uma postagem deste blog sobre o emblemático "choripán". Aqui.

Perón costumava explicar a seus ministros e parlamentares como lidar com os vários setores internos do partido (muitas vezes, antagônicos): "a arte de governar é como dirigir um carro: dê o pisca-pisca para a esquerda...mas vire o volante para a direita".

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Para jogar o "Pêndulo", o link do jogo, aqui.

Durante o concurso, os militantes peronistas presentes (a maioria) encararam os games com humor.

E junto com isso, um breve clip com imagens do Godzilla original, aqui.

Na versão cinematográfica americana de 1998 do filme "Godzilla", o emblemático Jean Reno (que contracena com Mathew Broderick) é um militar francês que - incógnito - está na Nova York que está sendo arrebentada pelo monstro asiático (ou da Oceania, segundo este filme).

Uma das melhores cenas é quando Jean Reno, que interpreta o oficial francês Philippe Roache, está em seu esconderijo, junto com outros militares franceses de seu comando especial. Um dos ajudantes-de-campo volta da rua, onde havia ido para buscar croissants e café.

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Jean Reno pega um donut que o ajudante lhe entrega. "No croissant?", pergunta em inglês. Então, dá uma bebericada na caneca de café e faz cara de nojo ao sentir o sabor.

O diálogo brevíssimo a seguir é este:

Jean Reno: Você chama isto de café??

Ajudante: Eu chamo isto de América!

 

Em 2009 "Os Hermanos" recebeu o prêmio de melhor blog do Estadão (prêmio compartilhado com o blogueiro Gustavo Chacra).

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