arielpalacios
05 de setembro de 2013 | 09h38
Jacques Rogge, presidente do COI, sustentou que ‘o tempo passa rápido’. Ou, como diriam os romanos de antanho no idioma de Ovídio, “tempus fugit”
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o belga Jacques Rogge, afirmou nesta quarta-feira que a cidade do Rio de Janeiro “deve acelerar” algumas obras para estar pronta para os jogos olímpicos de 2016. Respondendo uma pergunta do Estado, Rogge sustentou que ele e os integrantes do COI possuem boas expectativas sobre as tarefas pendentes no Rio: “somos otimistas de que serão feitas”.
No entanto, na sequência, levantando uma sobrancelha em sutil sinal de alerta sobre o prazo que resta, Rogge ponderou: “mas não podemos esquecer que o tempo passa rápido”.
Rogge e uma centena de membros do COI estãoem Buenos Aires participandoda 125ª.reunião do comitê.
Em sua última coletivade imprensa comopresidente do COI, Rogge, que passará seu cargo a um sucessor que será escolhido na terça-feira na reuniãode Buenos Aires,evitou qualquer comentário sobre as chances das cidades que disputam a sede dos jogos de 2020 (Madri, Istambul e Tóquio). Rogge afirmou que o COI “não decide pela situação atual” de uma cidade ou um país. “Mas sim pela projeção de como estará daqui a sete anos”.
Rogge declarou que os maiores desafios do novo presidente do COI serão a organização de bons jogos, a luta contra o doping e assegurar financiamento. No entanto, admitiu que “o doping nunca desaparecerá totalmente. Infelizmente, é como a criminalidade em relação à sociedade”.
Fazendo um balanço sobre os doze anos no comando do COI, Rogge disse que “nem sempre” se divertiu na liderança desse entidade. No entanto, admitiu que “sempre” foi excitante. Segundo ele, sua partida o “emociona”. Mas vai embora “sem nostalgia”. Depois, em tom irônico, afirmou que a única coisa que não conseguiu realizar com sucesso nestes doze anos no comando do comitê foi seu desejo de “dormir de forma suficiente e deitar em horas decentes”.
E falando no tempo que passa rapidinho, Miles Davis em “Tempus fugit”:
PERFIL: Ariel Palacios fez o Master de Jornalismo do jornal El País (Madri) em 1993. Desde 1995 é o correspondente de O Estado de S.Paulo em Buenos Aires. Além da Argentina, também cobre o Uruguai, Paraguai e Chile. Ele foi correspondente da rádio CBN (1996-1997) e da rádio Eldorado (1997-2005). Ariel também é correspondente do canal de notícias Globo News desde 1996.
Em 2009 “Os Hermanos“ recebeu o prêmio de melhor blog do Estadão (prêmio compartilhado com o blogueiro Gustavo Chacra).
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