Foto do(a) blog

Mundo em Desalinho

A vida em duas rodas

Com a brutal queda na venda de carros nos Estados Unidos, a China vai assumir neste ano o posto de maior mercado automobilístico do mundo, com vendas de quase 10 milhões de unidades, acima das 9,8 milhões que os norte-americanos devem comprar. Depois da conquista da casa própria, o grande sonho de consumo dos jovens é o carro próprio, o que deixa os ambientalistas de cabelo em pé. Se os chineses tivessem a mesma relação de carros por habitante que os norte-americanos, haveria mais carros no país do que em todo o restante do mundo.

PUBLICIDADE

Por claudiatrevisan
Atualização:

Apesar do avanço das quatro rodas, uma legião de chineses continua a usar suas bicicletas para ir ao trabalho ou ganhar a vida. Pequim já tem mais que 3 milhões de carros, mas continua a ser uma cidade ideal para a proliferação das bikes. Plana e com ciclovias em todas as grandes avenidas, a cidade abriga milhões de ciclistas, que participam do caos coletivo que se instaura em cada semáforo, quando pedestres, bicicletas e carros disputam a primazia das ruas, com evidente vantagem para os motorizados.

PUBLICIDADE

O número de ciclistas é menor a cada ano e as estatísticas oficiais indicam que a maioria dos moradores da capital utilizam carros ou transporte público para se dirigir ao trabalho. Mas as duas rodas continuam a fazer parte da paisagem de Pequim e garantem a sobrevivência dos bicicleteiros que vendem seus serviços em toda a cidade. Alguns são ambulantes e carregam sua oficina sobre pequenos triciclos. Outros possuem endereço fixo e anunciam o negócio com pneus colocados na calçada, como os borracheiros no Brasil. Só que os pneus são de bicicleta.

Aí vão algumas fotos deste mundo em extinção:

Ciclistas aproveitam a interrupção do trânsito em razão do Congresso Nacional do Povo, na semana passada, para ocupar uma das pistas da principal avenida de Pequim

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.