É possível comprar roupas, tecidos, pão, gaiolas, tapetes, especiarias e inseticida. Também estão à venda perus e galos -vivos. No meio de tudo isso, barracas com grandes chapas aquecidas preparam kebabs ou fígado, enquanto outras vendem suco de romã. As ruas borbulham, ocupadas principalmente por homens vestidos com roupas tradicionais afegãs.
Em outro mercado próximo da mesquita, cortes de madeira e pedras para construção são vendidos ao ar livre, de um lado da rua. Do outro, tendas grandes cobrem rebanhos de carneiros, a matéria-prima dos kebabs e de grande parte da culinária afegã.
Apesar de 13 anos de ocupação americana, não há McDonald's nem qualquer outro símbolo de influência ocidental nas ruas de Cabul. A exceção são os bens de consumo industrializados. Com uma economia precária, o país fabrica poucos dos produtos vendidos no mercado interno. A maioria dos carros é Honda e muitos dos celulares são Samsung e Nokia.
O KFC americano é inexistente, mas desde 2008 a capital afegã tem um Kabul Fried Chicken, uma primeira incursão no fast food que logo ganhou seus próprios imitadores locais, entre as quais o AFC (Afghan Fried Chicken).
Os tapetes são um dos produtos de excelência do Afeganistão e muitos dos motivos com que os de pequeno tamanho são estampados refletem a violenta história das últimas três décadas e meia. Alguns trazem tanques e helicópteros e guerra. E muitos retratam Ahmad Shah Massoud, o guerrilheiro islâmico que combateu os soviéticos e o Taliban e foi morto em um atentado da Al Qaeda dois dias antes dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.