O governo chinês investe milhões de dólares no desenvolvimento e internacionalização de seus meios de comunicação, mas é cada vez mais claro que a independência jornalística não integra os planos do Partido Comunista. " A primeira responsabilidade e ética profissional do pessoal de mídia deve ser entender o seu papel de maneira clara e ser um bom porta-voz", afirmou Zhanfa, em declarações reproduzidas pela agência oficial de notícias Xinhua. Apesar de terem sido divulgadas em maio, as posições só ganharam destaque ontem, quando um link para o texto da Xinhua foi publicado no Weibo, a popular versão chinesa do Twitter, com cerca de 200 milhões de usuários.
O post gerou uma onda de críticas a Zhanfa, com milhares de internautas atacando a inexistência de uma imprensa independente na China. Grande parte da população do país vê com descrédito o que é veiculado nos meios oficial e confia mais no que lê na internet. O novo presidente da CCTV se encarregou de agravar a falta de credibilidade. Zhanfa ressaltou que os veículos de comunicação devem ser dirigidos por políticos _leia-se membros do Partido Comunista_ e que os jornalistas que não cumprirem seu papel de "porta-vozes" nunca irão longe.