Cláudia Trevisan
07 de abril de 2013 | 03h22
Capital do país que está no centro da mais recente crise geopolítica mundial, Pyongyang espanta pela quantidade de pessoas nas ruas, a maioria vestida com cores escuras. Símbolo do imperialismo norte-americano, o jeans azul está ausente do guarda-roupa, ainda que seja visto em algumas crianças.
A impressão que se tem na cidade é a de que os norte-coreanos estão constantemente caminhando, de casa para o trabalho, do trabalho para casa. O transporte coletivo é precário em razão da escassez de energia e combustíveis e os pés acabam sendo um dos mais utilizados meios de locomoção. À diferença de outros países asiáticos, as bicicletas são relativamente raras.
As ruas também estão tomadas por brigadas de trabalho, que trocam o gramado dos canteiros das calçadas, tampam buracos no asfalto ou restauram monumentos nos dias que antecedem a maior data nacional, o 15 de abril, que marca o nascimento de Kim Il-sung, o fundador da Coreia do Norte venerado como um semideus.
A seguir, imagens do cotidiano de Pyongyang:
Soldados trabalham na plantação de tulipas no Palácio do Sol, o gigantesco mausoléu que abriga os corpos embalsamados de Kim Il-sung e seu filho Kim Jong-il
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Civis e soldados trabalham na construção do jardim do Palácio do Sol, considerado um lugar sagrado na Coreia do Norte
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Mutirões trabalham na troca da grama que margeia as calçadas de Pyongyang
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Famílias se reúnem em piquenique no feriado do Dia dos Mortos, 5 de abril
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O novo skyline de Pyongyang, com o conjunto de prédios que os estrangeiros apelidaram de “Dubai”
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Cartaz da Koryolink,a empresa de celulares que é uma joint venture entre a egípcia Orascom e a estatal norte-coreana de telecomunicações; números locais não fazem nem recebem chamada do exterior
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Vitrine da Loja de Departamentos número 1, localizada nas proximidades da praça Kim Il-sung
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Interior de novo supermercado no bairro “Dubai”, frequentado por estrangeiros e norte-coreanos que têm acesso a dólares, euros e yuans
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Fila no ponto de ônibus
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Crianças patinam na praça Kim Il-sung, onde são realizados as grandiosas paradas militares do país
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