Redação Internacional
14 de novembro de 2016 | 18h14
ABUJA – O grupo radical nigeriano Boko Haram advertiu nesta segunda-feira o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que “a guerra acaba de começar” e seus parceiros do Estado Islâmico (EI) não cederão em sua jihad (guerra santa).
“Permanecemos firmes em nossa fé e não nos deteremos”, assegurou o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, em mensagem de vídeo divulgada pela imprensa local na qual pede aos demais grupos jihadistas que não se sintam assustados pelo presidente eleito e pela guerra que os Estados Unidos lideram contra o EI em países como Iraque e Síria.
Em vídeo, líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, faz ameaças a Trump
A mensagem, segundo interpretou a imprensa local, pretende responder à promessa de Trump, durante a campanha eleitoral, de que acabará com os grupos terroristas islâmicos.
Abubakar Shekau anunciou no ano passado a adesão formal do grupo nigeriano ao EI e jurou lealdade a seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi.
Apesar de ter perdido para o Exército nigeriano boa parte dos territórios que controlava, o Boko Haram, que luta para impor um Estado islâmico no norte da Nigéria, segue cometendo atentados no país e em nações vizinhas.
Desde 2015, o Boko Haram ampliou sua área de operações ao Lago Chade, região difícil de controlar pela porosidade das fronteiras entre Nigéria, Camarões, Chade e Níger, onde cometeu dezenas de atentados suicidas.
Nos mais de seis anos de duração do conflito, o grupo terrorista assassinou mais de 12 mil pessoas de acordo com estimativas governamentais – número que outras fontes elevam a mais que o dobro – e obrigaram mais de 2,5 milhões de pessoas a fugir de suas casas. / EFE
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