Edward Snowden comenta sobre eleição no Twitter, mas não revela se votou

'Um melhor futuro não se alcança só com votos e esperança, mas reconhecendo que somos mais do que uma cruz em um quadro'

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Por Redação Internacional
Atualização:

MOSCOU- O ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos Edward Snowden, que revelou a espionagem realizada pelo órgão norte-americano em nível mundial, comentou nesta terça-feira as eleições no país pelo Twitter, mas não esclareceu se exerceu seu direito ao voto.

"Um melhor futuro não se alcança só com votos e esperança, mas reconhecendo que somos mais do que uma cruz em um quadro", disse Snowden em referência à cédula usada na votação.

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Snowden, asilado na Rússia desde 2013, tinha expressado em setembro sua intenção de votar no pleito. Subentende-se que ele exerceria o direito ao voto por correio, já que se fosse à embaixada americana em Moscou seria detido imediatamente.

"Hoje fazemos o amanhã. Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos comprometidos e reflexivos pode mudar o mundo. Efetivamente, isso sempre ocorreu", comentou Snowden no Twitter.

O ex-analista também afirmou que não tem intenção de tornar público se prefere a democrata Hillary Clinton ou o republicano Donald Trump e se mostrou decepcionado pela falta de discussão sobre os direitos constitucionais dos americanos na campanha.

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Ex-analista da NSA, Edward Snowden está asilado na Rússia desde 2013 ( Foto: Reuters)

Apesar de preferir sigilo sobre suas preferências eleitorais, Snowden criticou recentemente a ex-secretária de Estado por violar as regras de gestão de informações sigilosas, em alusão ao uso de um servidor privado de e-mail quando exercia o cargo no governo.

"Violar as regras de sigilo (de documentos secretos) em benefício público e você pode acabar no exílio. Faça o mesmo em benefício próprio e poderá chegar a ser presidente", ironizou Snowden, brincando com o fato de ter revelado a espionagem da NSA.

O senador Bernie Sanders, rival de Hillary nas primárias democratas, se uniu a outras personalidades como o linguista Noam Chomsky e a atriz Susan Sarandon para pedir clemência para Snowden.

"As informações reveladas por Snowden permitiram que o Congresso e os cidadãos americanos compreendessem até que ponto a NSA abusou de sua autoridade e violou nossos direitos constitucionais", afirmou Sanders./ EFE

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