WASHINGTON - O candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite de domingo, 6, que não é possível "revisar 650 mil mensagens de e-mail em oito dias", em resposta ao anúncio de que o FBI não mudou sua decisão de não processar sua rival democrata, Hillary Clinton, após revisar novas evidências.
Em um comício em Michigan, Trump afirmou que a investigação sobre os e-mails de sua rival "não vai desaparecer", e pediu o comparecimento às urnas na próxima terça-feira, 8, para acabar, segundo disse, com "um sistema que protege Hillary e rouba o trabalho dos americanos e os manda para o México".
Trump respondeu assim à carta do diretor do FBI, James Comey, enviada ao Congresso para informar que sua decisão de não processar Hillary não mudou, após a revisão de novos e-mails no computador de uma das assistentes da ex-secretária de Estado.
Essas mensagens, cerca de 650 mil, de acordo com alguns veículos de imprensa, foram descobertas pelo FBI no notebook do ex-congressista Anthony Weiner, ex-marido de uma das assessoras mais próximas a Hillary, Huma Abedin.
Comey informou da investigação dessas mensagens - supostamente vinculadas ao uso de um servidor de e-mail privado por parte de Hillary para o manejo de informação confidencial quando era secretária de Estado, de 2009 a 2013 - a menos de duas semanas das eleições presidenciais de terça.
"Hillary é culpada, ela sabe e o FBI também", ressaltou Trump em seu comício em Michigan. Por isso, sem mencionar em nenhum momento Comey, Trump disse que é hora de que se faça "justiça" nas urnas e que os agentes do FBI não vão permitir que Hillary "se esquive do castigo". / EFE