Redação Internacional
24 de novembro de 2016 | 10h59
WASHINGTON – A ambientalista Jill Stein, que disputou a presidência dos Estados Unidos pelo Partido Verde, lançou pela internet na quarta-feira uma campanha de financiamento coletivo para poder oficializar o pedido de recontagem de votos em três Estados-chave para a eleição: Wisconsin, Michigan e Pensilvânia.
Em poucas horas, a campanha recebeu vários milhões de dólares e, até as 10h30 desta quinta-feira, 24, já havia arrecadado US$ 2,6 milhões dos US$ 4,5 milhões necessários para dar entrada no pedido de verificação dos votos nos três Estados.
Jill Stein, que disputou a Casa Branca pelo Partido Verde, está arrecadando dinheiro para recontagem do votos (Foto: Paul J. Richards/ AFP)
Em nota enviada ao jornal britânico The Guardian, Jill afirmou que estava agindo em favor da recontagem em razão de “evidências convincentes de anomalias nos votos” e por análises de dados indicarem “significantes discrepâncias no total de votos” divulgados pelas autoridades. “Essas preocupações precisam ser investigadas antes que a eleição presidencial de 2016 seja certificada”, disse Jill em um comunicado. “Nós merecemos eleições em que possamos confiar.”
De acordo com a explicação postada na página da campanha, espera-se que sejam necessários entre US$ 6 milhões e 7 milhões para contestar os resultados nos três Estados.
Este valor incluiria as taxas para abrir a recontagem nessa regiões – US$ 1,1 milhão em Wisconsin, US$ 500 mil na Pensilvânia e US$ 600 mil em Michigan -, as taxas dos advogados – estimadas entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões – e valor necessário para pagar os observadores das recontagens. Os custos operacionais da recontagem, no entanto, caberiam aos governos estaduais.
O prazo final para pedir a recontagem acaba na sexta-feira, 25, em Wisconsin, na segunda, 28, na Pensilvânia e na próxima quarta-feira, 30, em Michigan.
A decisão de Jill, que antes estava hesitante em se envolver na recontagem, também evita que membros do Partido Democrata ou funcionários da campanha de Hillary à Casa Branca tenham de desafiar abertamente a eleição.
Membros do alto escalão do partido estavam relutantes em sugerir que houve irregularidades e questionar os resultados nestes três Estados em razão de Hillary e sua equipe terem criticado duramente Trump durante a campanha por ele alegar que a votação teria sido “fraudado” contra ele.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.