WASHINGTON - Após ter enfrentado uma rebelião interna do Partido Republicano para alcançar a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump tende a recompensar na formação de seu gabinete o grupo que permaneceu fiel a sua campanha. Cabos eleitorais de primeira hora, como o governador de New Jersey, Chris Christie, estarão ao lado do presidente eleito na Casa Branca a partir da posse.
Além de Christie, estão cotados para assumir cargos-chave no governo o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani e a ex-candidata a vice-presidente na eleição de 2012, Sarah Palin. Trump, até agora, evitou se pronunciar diretamente sobre qual seria sua equipe caso vencesse.
Para o cargo de procurador-geral, Christie e Giuliani figuram entre os candidatos. Para liderar a diplomacia americana, os mais cotados são os de Bob Corker, senador pelo Tennessee, o ex-embaixador para as Nações Unidas John Bolton e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Newt Gingrich.
Para a pasta da Defesa, um dos temas essenciais da campanha de Trump, os principais veículos de imprensa americanos citam como possível chefe do Pentágono o senador pelo Alabama Jeff Sessions, um dos mais próximos assessores do magnata nova-iorquino durante o processo eleitoral. Sessions foi o primeiro senador a declarar apoio a Trump durante a disputa contra Hillary Clinton.
Também aparece nas apostas ministeriais Sarah Palin como secretária de Interior, e como secretário do Tesouro desponta o nome de Steven Mnuchin, ex-executivo do Goldman Sachs. O presidente do JP Morgan Chase, Jamie Dimon, também teria sido sondado para o Tesouro, mas recusado o convite, segundo a Reuters. Uma das bandeiras de campanha do presidente eleito era apontar que sua adversária, Hillary, estaria submissa aos interesses do mercado financeiro.
"Desde o início, Trump deixou muito claro que não pretendia atrair má sorte (na eleição)", afirmou ontem uma das assessoras de Trump, Kellyanne Conway, dando a entender que o candidato não quis montar um possível gabinete antes de vencer. "Mas estamos trabalhando fervorosamente para escolher as pessoas para altos cargos", completou a integrante da equipe de transição do presidente eleito.
Ao longo da tarde de ontem, a imprensa americana afirmou que Ben Carson, que assim como Gingrich foi um dos derrotados por Trump nas primárias republicanas, seria um dos nomes avaliados para assumir a pasta da Educação.
Há, ainda, um nome do Partido Democrata entre os possíveis integrantes da equipe de Trump. O senador Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, crítico contumaz da posição que seu próprio partido adotou recentemente, poderia trabalhar com o republicano na Casa Branca. / EFE, REUTERS E WASHINGTON POST