WASHINGTON - Jared Kushner, genro do presidente eleito Donald Trump, tem consultado advogados sobre a possibilidade de trabalhar no governo. A ideia pode violar as leis federais sobre nepotismo e, provavelmente, terminaria nos tribunais.
Kushner, de 35 anos, pretendia voltar à iniciativa privada após a eleição. Na manhã seguinte à vitória de Trump, entretanto, ele começou a negociar um papel na Casa Branca, de acordo com duas pessoas envolvidas na negociação, que pediram anonimato. Além de Trump, o estrategista-chefe, Stephen Bannon, e o chefe de gabinete do governo, Reince Priebus, também querem que ele tenha um cargo no governo.
Kushner acredita que, se renunciar a seu salário e terceirizar a administração de suas propriedades e investimentos, escapará da lei de nepotismo. Ainda assim, não está claro que o arranjo seja legal.
Tecnicamente, o presidente dos EUA não pode realizar trabalho voluntário que não esteja enquadrado na lei, que impede ainda que funcionários públicos empreguem membros da família.
A equipe de transição planeja anunciar em breve a composição do novo gabinete. Os nomeados entrarão em contato em breve com órgãos do governo, como o Pentágono e o Departamento de Estado, para avançar a transição. Em seguida, eles devem povoar os milhares de cargos federais com novos nomes.
Hoje, Trump recebeu a visita do ex-secretário de Estado Henry Kissinger, da governadora da Carolina do Norte, Nikki Haley, do diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA), Michael Rogers, e do ex-vice-chefe do Estado-Maior do Exército, Jack Keane, ex-aliado de Hillary Clinton. / REUTERS