Hillary acusa Trump de violar leis americanas por explorar negócios em Cuba

Democrata criticou o empresário enganar ‘repetidamente’ os americanos ao responder perguntas sobre o assunto; segundo ‘Newsweek’, magnata gastou ao menos US$ 68 mil para investir em oportunidades comerciais na ilha

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Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - A candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, afirmou na quinta-feira que seu rival republicano, Donald Trump, pode ter violado as leis americanas ao explorar negócios em Cuba em 1998.

"Hoje soubemos de seus esforços para fazer negócios em Cuba que parecem violar as leis dos EUA e que, sem dúvida, burlam a política externa americana", disse ela em declarações a jornalistas.

Candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump ( Foto: REUTERS/Carlo Allegri)

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A ex-primeira-dama criticou também que Trump tenha "enganado repetidamente o povo ao responder perguntas sobre se estava tentando fazer negócios em Cuba".

A revista Newsweek revelou que, em 1998, Trump explorou negócios em Cuba por meio da empresa de consultoria Seven Arrows Investment and Development para evitar o embargo que proibia investimentos na ilha.

Segundo a publicação, a Trump Hotels gastou pelo menos US$ 68 mil para explorar oportunidades de negócio com o governo de Fidel Castro, utilizando uma empresa de consultoria e ocultando os motivos sob justificativas humanitárias.

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Naquele momento, todo investimento na ilha sem a aprovação expressa do governo americano era ilegal, embora já existissem pressões para aliviar as sanções econômicas, algo que acabou acontecendo sob a presidência de Barack Obama, que restabeleceu as relações diplomáticas entre os dois países.

Em 1999, Trump, que então começava seus primeiros passos na política, fez um discurso para a comunidade cubana de Miami, na Flórida, na qual criticou o então presidente cubano e disse que não investiria um dólar na ilha sem uma mudança de regime.

Fontes do Departamento do Tesouro asseguraram à Newsweek que, apesar de não poder provar categoricamente que a empresa de Trump não recebeu autorização para investir em Cuba, as possibilidades de que um cassino americano tentou gastar dinheiro na ilha eram "praticamente zero".

Trump prometeu durante um ato em Miami que, se for eleito presidente, reverterá a abertura dos EUA em relação a Cuba promovida por Obama a menos que aconteçam "liberdades religiosas e políticas" na ilha. / EFE

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