Hillary reforça campanha por 'confiança' após ser interrogada pelo FBI

Nesta terça-feira, 5, ela ganha o reforço do presidente Barack Obama, que aparecerá pela primeira vez ao lado da candidata

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Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - No fogo cruzado após ser interrogada pelo FBI sobre o uso de seu e-mail pessoal para assuntos de interesse nacional enquanto secretária de Estado, Hillary Clinton angariou um time de peso para defendê-la. Nesta terça-feira, 5, ela ganha o reforço do presidente Barack Obama, que aparecerá pela primeira vez ao lado da candidata.

No domingo, Sherrod Brown, Cory Booker, Tom Perez e Xavier Becerra, possíveis nomes para se tornar candidatos a vice na chapa com Hillary, reforçaram a campanha de "confiança da candidata". Todos se esquivaram de questionamentos sobre se estão sendo sondados pelo Partido Democrata, mas falaram positivamente sobre a participação de Hillary na investigação do FBI.

Candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton 

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Hillary se reuniu no sábado "de maneira voluntária" com os investigadores do FBI por cerca de três horas e meia, em Washington, segundo seu porta-voz, Nick Merril. A polêmica sobre os e-mails começou no início do ano passado, quando jornais americanos revelaram que, durante seus quatro anos no Departamento de Estado (2009-2013), Hillary usou o tempo todo uma conta pessoal para suas comunicações, com um servidor privado.

Ela reconheceu à época que teria sido "mais inteligente" usar uma conta oficial e entregou 55 mil páginas de e-mails ao Departamento de Estado para sua publicação.

O assunto agitou de novo a campanha eleitoral após um controverso encontro entre o ex-presidente Bill Clinton e a secretária de Justiça, Loretta Lynch. Loretta afirmou que a conversa entre eles se centrou nos netos do casal e, em nenhum momento, o tema dos e-mails foi abordado.

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Em programas de entrevistas no domingo, Brown, senador por Ohio, e Perez, secretário do Trabalho, tentaram reforçar as declarações sobre "confiança em Hillary". Brown disse ao This Week, da ABC, não estar preocupado com a investigação porque, além de Hillary já ter divulgado esses emails, ela tornou público sua declaração de renda, algo que seu rival Donald Trump não fez.

Na mesma linha, Perez afirmou ao Meet the Press, da NBC, que as pessoas já "não confiam em Trump" e o apoio que Hillary tem recebido até agora vai além da questão dos emails.

Becerra, deputado pela Califórnia, afirmou à Fox News ter confiança no processo e na posição de Lynch, que disse que acatará as conclusões do FBI.

"A secretária deixou bem claro que ela entendeu que é importante conquistar a confiança das pessoas. Ela vai trabalhar muito, muito duro para isso. E eu dou crédito a ela por ter reconhecido que cometeu um erro."

Amanhã, na Carolina do Norte, pela primeira vez Obama participará de um evento ao lado de Hillary, que terá como tema "Eu confio em Hillary". Na sexta-feira, será a vez do vice-presidente, Joe Biden, reforçar a mensagem em sua cidade-natal, Scranton, na Pensilvânia, com a candidata ao seu lado.

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