WASHINGTON - A escolha do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para liderar o Pentágono, o general da reserva dos Fuzileiros Navais James Mattis, disse ao Congresso nesta quinta-feira, 12, que os EUA precisam estar prontos para confrontar o comportamento da Rússia em áreas onde os dois países não podem cooperar, mesmo que tenha apoiado a proposta de Trump de cooperar com Moscou. Ele indicou a China como um fator de risco.
Na audiência, Mattis afirmou que a ordem mundial estabelecida desde a 2.ª Guerra corre seu maior risco em virtude de ameaças vindas da Rússia, do terrorismo e da expansão chinesa no Sudeste Asiático. O general disse acreditar na tese de Trump de uma aproximação "benéfica" com Vladimir Putin, mas vê chances "modestas" de isso ocorrer.
"O objetivo da Rússia é romper a aliança atlântica", disse Mattis, em referência à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). "Minha opinião é a de que Putin é um rival estratégico e um adversário em áreas-chave."
Mattis é visto tanto por democratas quanto por republicanos como um bom nome, capaz de se opor a Trump, se necessário. / AFP e EFE