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Michelle Obama, carisma e popularidade a serviço de Hillary Clinton

Nesta sexta-feira, 16, a mulher do presidente Barack Obama fará campanha por Hillary e seu companheiro de chapa, o senador Tim Kaine, na Universidade George Mason, no norte da Virgínia

Por Redação Internacional
Atualização:

A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, cativou na Convenção Democrata realizada em julho na Filadélfia e agora, na reta final da campanha, colocará seu carisma e popularidade a serviço da candidata presidencial do partido, Hillary Clinton.

Nesta sexta-feira, 16, a mulher do presidente Barack Obama fará campanha por Hillary e seu companheiro de chapa, o senador Tim Kaine, na Universidade George Mason, no norte da Virgínia, um Estado onde ganhar é vital tanto para a candidata democrata como para seu rival republicano, Donald Trump.

A primeira-dama americana, Michelle Obama. Foto: Zach Gibson/The New York Times

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O retorno de Michelle Obama à campanha após a convenção de julho acontece em um momento muito oportuno, já que Hillary esteve fora de jogo alguns dias após ser diagnosticada com pneumonia e, além disso, persistem as críticas por declarações nas quais qualificou os eleitores de Trump de "deploráveis".

Segundo a campanha de Hillary, no ato desta sexta-feira, Michelle pedirá aos moradores da Virgínia, "especialmente" aos jovens, que se registrem para votar antes de 17 de outubro, a data limite neste Estado.

Myra Gutin, professora da Universidade Rider e especialista no papel das primeiras-damas nos EUA, comentou à agência EFE que Michelle será "de certo modo uma animadora" em atos como esse e se dedicará a destacar aspectos "pessoais" da ex-secretária de Estado, como o fato de que é uma mulher "tenaz".

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Na mesma linha, Katherine Jellison, da Universidade de Ohio e também especialista em estudos sobre as primeiras-damas, afirmou à EFE que Michelle falará "provavelmente da Hillary Clinton que conhece pessoalmente" e de algumas de suas qualidades não mencionadas frequentemente na imprensa, mas sim por seus amigos: "Empatia, senso do humor e compaixão".

Katherine acredita, além disso, que outra das metas da primeira-dama será "motivar" os cidadãos a votar nas eleições de 8 de novembro, "lembrando-lhes o encurtamento da distância" entre Hillary e Trump nas últimas pesquisas.

Primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, discursa na primeira noite da convenção democrata ( Foto: REUTERS/Jim Young)

Em uma pesquisa do jornal The New York Times e da emissora CBS divulgada nesta quinta-feira, Hillary e Trump aparecem empatados em intenções de voto em nível nacional.

De acordo com Katherine, é muito possível que Michelle também faça insistência nos mesmos temas que abordou em seu discurso na Convenção Democrata e, em um tom "otimista", apresente uma presidência de Hillary como "a oportunidade de que os Estados Unidos se tornem uma nação mais inclusiva".

"Acordo todos os dias em uma casa que foi construída por escravos. E vejo minhas filhas, duas jovens negras, inteligentes e lindas, brincando com seus cachorros nos jardins", afirmou a primeira-dama nesse discurso na convenção com a voz embargada.

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Não foi preciso dizer nada mais para transferir uma mensagem otimista sobre como o país evoluiu e progrediu, em claro contraste com a visão apocalíptica normalmente oferecida por Trump.

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"E graças a Hillary Clinton, minhas filhas, e todos nossos filhos e filhas, agora acreditam que uma mulher pode ser presidente dos Estados Unidos", acrescentou então Michelle, esplêndida com um vestido azul brilhante, antes de pôr o público da convenção de pé.

Não há dúvida que esse discurso foi "extremamente eficaz", segundo Myra, que lembra, além disso, outro fator que "obviamente" pode ajudar Hillary: a alta popularidade da primeira-dama, que estava em 64% em agosto, seis pontos a mais que antes da convenção, de acordo com o instituto Gallup.

Myra prevê que haverá atos nos quais Michelle Obama e Hillary aparecerão juntas, e consegue ver também a primeira-dama fazendo campanha sozinha até 8 de novembro, principalmente nos Estados mais disputados como a Virgínia. / EFE

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