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Obama ordena investigação sobre impacto de hackers russos em eleição

Em outubro, funcionários da inteligência americana denunciaram a interferência russa no vazamento de e-mails de membros da campanha democrata

Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou que as agências de inteligência revisem os ciberataques e intervenções estrangeiras na eleição deste ano e entreguem um relatório antes que ele deixe o cargo, em 20 de janeiro.

Em outubro, funcionários da inteligência americana denunciaram a interferência russa no vazamento de e-mails de membros da campanha democrata.

Os presidentes Vladimir Putin (E) e Barack Obama se cumprimentam durante Assembleia da ONU. Foto: Andrew Harnik/AP

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A assessora de Segurança Nacional da Casa Branca, Lisa Monaco, confirmou nesta sexta-feira, 9, que os resultados do relatório serão compartilhados com os parlamentares, que pediram para ter acesso a eles.

"O presidente orientou a comunidade de inteligência a conduzir uma revisão completa do que aconteceu durante o processo eleitoral de 2016, obter lições com isso e reportar a uma gama de envolvidos, incluindo o Congresso", disse Lisa a repórteres durante um evento apresentado pelo jornal Christian Science Monitor.

Segundo Lisa, no entendimento do governo, ciberataques não são novidade, mas podem ter atingido um "novo limiar" este ano.

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Ainda ontem, mais cedo, legisladores democratas pediram a Obama para que publique os detalhes dessa investigação sobre a suposta interferência russa na eleição presidencial, diante do temor de que o tema fique enterrado quando Donald Trump assumir o poder.

O presidente eleito rejeitou em diversas ocasiões a ideia de que Moscou tivesse relação com os vazamentos de e-mails privados que prejudicaram sua concorrente na corrida presidencial, Hillary Clinton, e contribuíram para a sua vitória.

Os legisladores disseram que não refutam o resultado da eleição, mas querem que se torne público o que acreditam ter sido uma tentativa de um rival estrangeiro de "erodir os pilares" da democracia americana.

Funcionários da inteligência americana anunciaram no dia 7 de outubro que "o governo russo dirigiu os vazamentos de e-mails de indivíduos e instituições americanas, incluídos os de organizações políticas dos EUA".

Os legisladores democratas, que já foram informados em particular por agentes de inteligência, sugerem que há algo mais que os vazamentos e é preciso tornar esses fatos públicos. O senador Ron Wyden e outros seis democratas da Comissão de Inteligência do Senado convocaram Obama em uma carta de 29 de novembro a revelar mais sobre o tema. / REUTERS e AFP

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