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Obama participa de comício ao lado de Hillary e busca dar impulso à campanha

Dupla viaja a Charlotte, na Carolina do Norte, para participar de uma série de eventos destinados a mobilizar os eleitores, principalmente os integrantes de grupos minoritários

Por Redação Internacional
Atualização:

CHARLOTTE, ESTADOS UNIDOS - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, participará nesta terça-feira, 5, de seu primeiro ato de campanha junto à democrata Hillary Clinton, buscando relançá-la em sua disputa com o republicano Donald Trump para as eleições de novembro.

A dupla viaja a Charlotte, na Carolina do Norte, para participar do primeiro de uma série de eventos destinados a mobilizar os eleitores, em particular aqueles de grupos minoritários, que continuam apoiando o presidente, em estados cruciais para definir as eleições.

Logo após cumprir seu mandato no Senado, ela foi escolhida pelo presidente recém-eleito Barack Obama para ser secretária de Estado dos EUA, de 2009 a 2013, sucedendo Condoleezza Rice. Foto: Doug Mills/The New York Times

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Hillary - que viajará junto a Obama no avião presidencial Air Force One - busca relançar sua campanha depois de uma série de relativas derrotas e revelações relacionadas ao uso de sua conta particular de e-mail quando era secretária de Estado.

A ex-primeira-dama depôs por mais de três horas no sábado ao FBI, que está realizando uma investigação sobre o caso.

A três semanas da convenção democrata da Filadélfia, na qual Hillary será proclamada candidata à Casa Branca, os republicanos aproveitaram o caso para insistir sobre a escassa confiabilidade e seriedade da ex-chefe da diplomacia americana.

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O discurso ganhou ainda mais destaque após descobrir-se que o ex-presidente Bill Clinton se reuniu recentemente em uma pista de aeroporto com a procuradora-geral Loretta Lynch, cujo Departamento supervisiona a investigação vinculada aos e-mails de Hillary. Em uma entrevista divulgada no domingo no programa "Meet The Press", da rede NBC, Hillary reconheceu que foi imprudente que seu marido se encontrasse com a procuradora-geral.

Elite. Trump se valeu do encontro para insistir sobre o pertencimento dos Clinton a uma elite entrincheirada em Washington e acostumada a administrar um sistema "fraudado e corrupto", escreveu na segunda-feira em sua conta no Twitter.

"A desonesta Clinton é culpada ao máximo, mas o conjunto do sistema está fraudado e corrupto", afirmou o magnata.

"Onde estão os 33 mil e-mails que faltam?", acrescentou, referindo-se aos e-mails que Hillary disse ter apagado porque estavam relacionados a sua vida privada, e não ao seu trabalho como secretária de Estado.

Ao longo da campanha, Trump se esforçou para apresentar Hillary como uma privilegiada que, em razão de seus vínculos com a cúpula de poder em Washington, não tem aplicadas para si as regras em vigor para todos os outros americanos.

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Terrorismo. Os sangrentos ataques suicidas de domingo atribuídos ao grupo Estado Islâmico em Bagdá, que provocaram a morte de mais de 200 pessoas, serviram para Trump voltar a atacar Hillary por sua fraqueza na luta contra o terrorismo.

"Hillary nunca será capaz de administrar a complexidade e o risco do EI", afirmou o magnata republicano. "Com Hillary e Obama, os atentados terroristas só piorarão. Idiotas politicamente corretos, negam-se a mencionar as coisas por seu nome: Islã radical.". E acrescentou: "Precisamos mudar".

Ignorando as críticas de seu rival, Hillary buscará tirar proveito da presença do presidente no ato que será realizado nesta terça-feira, assim como do vice-presidente Joe Biden em outra atividade na sexta-feira na Pensilvânia, para reorientar sua campanha a temas econômicos, sociais e de política externa.

"Ansiosa para partir em campanha junto @POTUS", escreveu no Twitter. POTUS é o acrônimo de "President of the United States".

O apoio de Obama pode ser vital para Hillary. Embora todas as pesquisas a coloquem como favorita, sua vantagem sobre Trump vem diminuindo. A última pesquisa NBC News/Wall Street Journal revela inclusive que quando se trata de honestidade e confiabilidade, Trump a derrota por 41% a 25%. /AFP

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