Redação Internacional
21 de novembro de 2016 | 08h06
LIMA – O presidente dos EUA, Barack Obama, antecipou no domingo que não ficará calado se considerar que o líder eleito, Donald Trump, ameaça os “valores” do país. Ao término da cúpula de líderes do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Lima, Obama concedeu sua última entrevista coletiva como presidente no exterior, ao término de sua viagem internacional de despedida por Grécia, Alemanha e Peru.
Em linha com a declaração final da cúpula, na qual os 21 membros do Apec alertam para os riscos de cair no protecionismo, Obama enfatizou que a resposta aos desafios de economia globalizada que não prospera não é impor barreiras ao comércio.
Presidente dos EUA, Barack Obama (Foto: AFP PHOTO / TOBIAS SCHWARZ)
Durante toda sua viagem, o presidente americano tratou de tranquilizar os demais países sobre o que pode representar uma presidência de Trump, perante a incerteza e o medo de que causam as propostas defendidas pelo magnata em sua campanha, e voltou a falar sobre o assunto durante a entrevista coletiva em Lima.
Obama argumentou que a realidade forçará Trump a modificar as posturas que defendeu durante sua campanha, embora tenha admitido que não pode garantir que o magnata “não perseguirá algumas das posições que tomou”. “Teremos de esperar e ver”, comentou Obama, repetindo a mesma mensagem que divulgou em sua passagem por Grécia e Alemanha.
Segundo Obama, desde que Trump ganhou as eleições americanas no dia 8 de novembro, seu objetivo foi ser respeitoso com seu sucessor na Casa Branca e dar-lhe tempo para que monte sua equipe e defina suas políticas.
Mas, “como cidadão americano que se preocupa profundamente com seu país”, prometeu falar e sair em defesa dos valores e ideais nacionais se os considerar ameaçados por Trump. / EFE
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