Organização para a Libertação da Palestina critica promessa de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel
Secretário-geral da OLP afirmou que declarações do empresário ‘mostram um desprezo pela lei internacional’ e ‘ignoram os pedidos feitos por milhões de cidadãos’ para que haja paz entre os povos dos dois territórios
Por Redação Internacional
Atualização:
JERUSALÉM - O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, criticou nesta segunda-feira, 26, a promessa feita no domingo pelo candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como "capital indivisível" de Israel, caso se torne presidente.
O magnata fez a promessa em uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em Nova York, segundo anunciou a organização de sua campanha.
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Para Erekat, essas declarações "mostram um desprezo pela lei internacional, pela longa trajetória da política externa dos EUA sobre o status de Jerusalém, incluída a ocupação e ilegal anexação de Jerusalém Oriental ocupada, assim como por centenas de milhões de árabes, incluindo palestinos cristãos e muçulmanos".
O dirigente ressaltou que os comentários do candidato presidencial republicano "ignoram os pedidos feitos por milhões de cidadãos dos EUA para uma paz entre Israel e Palestina com base na liberdade, justiça e igualdade".
Erekat também se referiu a declarações prévias feitas por um assessor de Trump que afirmou que este apoiará a anexação de áreas da Cisjordânia a Israel, o que foi visto pelo líder como "um total abandono da solução de dois Estados, da lei internacional e das resoluções da ONU".
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Em geral, ele considerou que esse tipo de declaração "sublinha a urgência da chamada do presidente (palestino, Mahmoud) Abbas perante a Assembleia-Geral da ONU para que a comunidade internacional ponha fim à ocupação e salve a solução de dois Estados antes que seja tarde".
Um comunicado divulgado pela campanha de Trump no domingo à noite indicou que o candidato republicano "reconheceu que Jerusalém foi a eterna capital do povo judeu durante mais de 3 mil anos".
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"Os EUA, sob a administração Trump, aceitarão finalmente o mandato do Congresso há muito tempo para reconhecer Jerusalém como a capital indivisível do Estado de Israel", acrescentou a nota.
Washington não reconhece Jerusalém como a capital de Israel, assim como muitos países da comunidade internacional. A parte oriental da cidade, reivindicada pelos palestinos como sua capital, foi ocupada por Israel em 1967 e anexada nos anos 1980. Da mesma forma que muitos países, os EUA mantêm sua embaixada em Tel Aviv.
O Congresso se manifestou a favor de que a capital israelense seja Jerusalém, mas em junho de 2015 a Corte Suprema de Justiça respaldou a posição do governo do presidente americano Barack Obama. / EFE
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