Romney pode ser secretário de Estado, confirma Pence

Vice-presidente eleito dos EUA diz que ex-candidato republicano à Casa Branca é seriamente considerado para chefiar a política externa americana na gestão de Donald Trump

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Por Redação Internacional
Atualização:

NEW JERSEY - O empresário Mitt Romney, que foi candidato pelo Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos em 2012, está sendo considerado seriamente como o futuro titular do Departamento de Estado americano, confirmou neste domingo, 20, o vice-presidente eleito, Mike Pence.

Em entrevista à emissora Fox News, Pence afirmou que Romney está "sendo ativamente considerado para ser o secretário de Estado, juntamente com outros americanos distintos". O ex-governador de Massachusetts se reuniu no sábado por mais de uma hora com o presidente eleito, Donald Trump, um encontro que Pence descreveu como "caloroso e substancial".

Mike Pence (E) e Mitt Romney conversam no sábado, em New Jewsey (Drew Angerer/Getty Images/AFP) 

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Durante a campanha eleitoral, Romney destacou-se como uma das vozes mais críticas a Trump dentro do Partido Republicano e chegou a chamar o magnata nova-iorquino de "fraude" e "farsante".

"Tivemos uma conversa profunda sobre vários cenários do mundo onde há interesses significativos dos Estados Unidos", disse Romney no sábado aos jornalistas após o encontro. "Agradeço a oportunidade de falar com o presidente eleito e espero ansiosamente pela próxima administração e pelas coisas que ela vai realizar."

Romney é uma figura de peso no Partido Republicano e é considerado um moderado, um nome que contrastaria com os "falcões" que Trump escolheu para vários cargos-chave.

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Negociações. Trump também confirmou neste domingo que está pensando em indicar o general reformado James Mattis como possível secretário de Defesa de seu futuro governo.

O republicano, que manteve um encontro com Mattis no sábado em um campo de golfe de sua propriedade em New Jersey, disse em mensagem no Twitter que ficou muito impressionado com ele.

"Um verdadeiro general dos generais!", escreveu o magnata, que afirmou abertamente que Mattis "está sendo cogitado para secretário de Defesa".

Ex-general de Infantaria da Marinha, Mattis foi chefe do Comando Central das Forças Armadas dos EUA entre 2010 e 2013, com responsabilidade sobre as tropas em uma grande área que inclui o Oriente Médio.

Anteriormente, o militar tinha sido comandante das Primeiras Forças de Infantaria da Marinha que invadiram o Afeganistão, em 2001, e da Primeira Divisão de Infantaria da Marinha durante a incursão no Iraque, em 2003.

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Após isso, Mattis foi designado como comandante da Primeira Unidade Expedicionária do Corpo de Infantaria da Marinha em Camp Pendleton, na Califórnia, e trabalhou como chefe, com categoria de general de quatro estrelas, no Comando de Forças Conjuntas.

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Mattis entrou em choque com o governo de Barack Obama em alguns assuntos relativos ao Oriente Médio, principalmente sobre o Irã, um país que o militar assinalou como a maior ameaça para os EUA nessa região.

Segundo a emissora americana CNN, Mattis necessitaria receber uma permissão prévia do Congresso para poder ser nomeado secretário de Defesa, pois as normas estabelecem que os militares reformados tenham pelo menos sete anos de inatividade para assumir esse tipo de cargo. No entanto, considerando que os republicanos controlam o Legislativo, esse passo seria, a priori, uma mera formalidade. / EFE

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