Trump assume com pior popularidade em 40 anos, dizem pesquisas

Após a publicação dos números, Trump disse em sua conta no Twitter que as pesquisas foram elaboradas pelas mesmas pessoas que apontavam erroneamente sua derrota nas eleições

PUBLICIDADE

Por Redação Internacional
Atualização:

(Atualizada às 18h46) WASHINGTON - O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, assumirá o cargo na sexta-feira com os índices de popularidade mais baixos entre seus antecessores na Casa Branca, segundo pesquisas divulgadas nesta terça-feira, 17. Pelo menos dois institutos já haviam registrado os números históricos na semana passada. Mas hoje o republicano partiu para o ataque e afirmou que os responsáveis pelas novas pesquisas são os mesmos que apontaram sua derrota em 2016.

Donald Trump, na Trump Tower. Foto: Evan Vucci/AP

PUBLICIDADE

Segundo a pesquisa da emissora ABC feita em parceria com o jornal Washington Post, atualmente, 40% dos americanos têm uma opinião "favorável" sobre Trump, frente a 54% que afirmam ter uma impressão "desfavorável" sobre o presidente eleito.

A pesquisa relembra os índices de popularidade dos antecessores de Trump antes de chegarem à Casa Branca: Barack Obama (79%), George W. Bush (62%), Bill Clinton (68%), George H.W. Bush (65%), Ronald Reagan (58%) e Jimmy Carter (78%).

No entanto, a maioria dos entrevistados disse acreditar que Trump fará um trabalho "bom ou excelente" na condução da economia (61%) e em relação à ameaça terrorista (56%).

Uma outra pesquisa, da rede CNN, revela que Trump assumirá a presidência com um índice de aprovação de 40%, o mais baixo da história recente, contra 84% de Obama em 2009, 67% de Clinton e 61% de George W. Bush, segundo seus números.

Publicidade

"As mesmas pessoas que fizeram as falsas pesquisas eleitorais, e estavam tão erradas, estão agora fazendo as pesquisas de aprovação. Eles estão tão errados quanto antes", escreveu Trump em sua conta no Twitter.

"Com todos os empregos que estou trazendo de volta para os EUA, mesmo antes de assumir, com todas as fábricas de automóveis voltando para o nosso país e com a grande redução de custo que tenho negociado nas compras militares e mais, acredito que o povo está vendo 'coisa grande'", escreveu o republicano.

Em sua análise ontem das pesquisas, o jornal New York Times lembrou que, apesar de ter vencido no Colégio Eleitoral, a vitória de Hillary Clinton no voto popular, com uma margem de 2%, dentro da margem de erro, está alinhada com as projeções das pesquisas nacionais das eleições.

A democrata obteve quase 3 milhões de votos a mais que Trump. O jornal argumenta ainda que as amostragens pós-eleições, sobre a aprovação, estão muito além da margem de erro em suas comparações com outros presidentes.

Ainda contestando os resultados das pesquisas, em outro tuíte, o presidente eleito assegurou que as pessoas estão chegando a Washington "em número recorde" para participar das atividades de sua posse, que começarão amanhã e se prolongarão até sábado.

Publicidade

"As pessoas estão se despejando em Washington em números recordes. Os 'ciclistas para Trump' estão a caminho. Será uma grande quinta-feira, sexta-feira e sábado", escreveu Trump. Ao mesmo tempo, a cidade se prepara para receber pelo menos 200 mil pessoas para protestar contra o republicano. / EFE e NEW YORK TIMES

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.