Redação Internacional
06 de dezembro de 2016 | 15h45
WASHINGTON – O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta terça-feira, 6, ao governo para cancelar a compra do novo avião presidencial, um Boeing Air Force One, dizendo ser “ridículo” e muito caro.
“A Boeing está fabricando um novo 747 Air Force One para futuros presidentes, mas os custos estão fora de controle, mais de US$ 4 bilhões. Cancelem o pedido!”, disse Trump em publicação no Twitter.
O atual modelo Air force One utilizado atualmente pela Casa Branca. Foto: AP Photo/Susan Walsh
Falando pouco depois a repórteres em Nova York, Trump disse: “O avião está totalmente fora de controle. Acho que é ridículo. Acho que a Boeing está exagerando um pouco”.
“Queremos que a Boeing faça muito dinheiro, mas não tanto dinheiro”, acrescentou Trump, que assume a presidência em 20 de janeiro.
A empresa Boeing respondeu nesta terça-feira que atualmente tem apenas um contrato de US$ 170 milhões para determinar as capacidades do novo avião presidencial.
“Estamos ansiosos para trabalhar com a Força Aérea dos EUA nas fases subsequentes do programa que nos permitirá construir o melhor avião para o presidente com o melhor custo para o contribuinte americano”, afirmou o porta-voz da companhia, Todd Blecher.
De acordo com a agência Reuters, citando documentos, os custos de um orçamento para a reposição do Air Force One são de US$ 2,87 bilhões entre os anos fiscais de 2015 e 2021. No entanto, ressalta que o contrato de produção ainda não foi delegado à Boeing.
A Boeing está há mais de meio século servindo os presidentes dos EUA com seus modelos 747 do Air Force One. Agora, a ideia é que o modelo 747-8 substitua o 747-200 que está atualmente em serviço.
Em janeiro de 2015, a Força Aérea anunciou pela primeira vez que o modelo 747-8 seria usado para substituir os dois atuais aviões para transportar o presidente dos EUA. Air Force One é um dos símbolos de poder mais visíveis dos Estados Unidos.
Detalhes sobre o valor total do novo contrato não foram divulgados, mas a Força Aérea já informou ter destinado US$ 1,65 bilhão para dois jatos substitutos.
A Força Aérea dos EUA concedeu em janeiro à Boeing Co um contrato inicial no valor de US$ 25,8 milhões. Não está claro se, de acordo com o que já foi assinado, há alguma prerrogativa de penalidade caso que a ordem seja cancelada.
O novo modelo, entre outras vantagens, tem uma autonomia de voo de 1,6 mil quilômetros a mais que o 747-200, e seu tamanho é de 76 metros de comprimento, frente aos 70 metros do modelo atual. / REUTERS e EFE
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.