WASHINGTON - Uma disputa interna entre os assessores de Donald Trump foi revelada neste domingo, 27, quando sua gerente de campanha alertou que o presidente eleito poderia enfrentar uma reação intensa de apoiadores caso escolha Mitt Romney para ser secretário de Estado.
Trump tem ponderado entre Romney, candidato presidencial republicano de 2012 que passou grande parte da campanha criticando Trump, e o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, que apoiou desde o início a campanha presidencial do magnata imobiliário, para o comando da diplomacia dos EUA.
Giuliani se encaixaria junto a outros leais e conservadores de linha-dura que Trump escolheu até agora para integrar seu governo, porém tem sido criticado por trabalhar como consultor para governos estrangeiros. Com Romeny, Trump poderia ajudar a unir seu partido e conquistar republicanos céticos.
Apesar de grande parte do debate ter acontecido a portas fechadas, a gerente de campanha Kellyanne Conway advertiu que Trump poderia irritar seus apoiadores caso opte por Romney, que o acusou de ser uma "fraude" e um "falso" na campanha deste ano.
"Eles se sentem traídos por pensar que Romney pode voltar após tudo o que fez - nem sabemos se ele votou em Donald Trump. Por um ano, ele e seus consultores não foram nada para Donald Trump", disse ela no programa "Meet the Press", da NBC. "Sou a favor da unidade do partido, mas não estou certa de que temos de pagar com a posição do secretário de Estado," disse Kellyanne à CNN.
Kellyanne disse que apoiaria Trump, caso ele decida por Romney, mas outros republicanos a criticaram por falar à televisão, em vez de falar diretamente com Trump. "Espantado por ouvir publicamente de K. Conway, que pode falar pessoalmente com Trump, a porcaria de possibilidade de Romney como Secrestário do Estado", escreveu Ana Navarro, estrategista republicana, no Twitter. / REUTERS