Cláudia TrevisanCORRESPONDENTE / WASHINGTON
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, escolheu para seu gabinete mais uma defensora da linha dura no combate ao terrorismo. Integrante de outras três administrações republicanas, Kathleen McFarland será a número 2 do Conselho de Segurança Nacional e se reportará ao general Michael Flynn, célebre por ataques à religião islâmica.
Comentarista da emissora conservadora Fox News, Kathleen é crítica de estratégia adotada pelo governo de Barack Obama para enfrentar a ameaça do terrorismo islâmico. Em artigo publicado na semana passada, ela defendeu uma aliança com outros governos ameaçados pelo Estado Islâmico (EI), entre os quais o de Bashar Assad, na Síria, e Vladimir Putin, na Rússia.
Também se opôs ao recebimento de refugiados cujos antecedentes não possam ser verificados e propôs o bombardeio de campos de petróleo, refinarias e oleodutos controlados pelo grupo terrorista na Síria e no Iraque.
Trump também nomeou o advogado Donald McGahn como conselheiro legal da Casa Branca. Uma de suas funções será orientar o presidente em relação aos potenciais conflitos de interesse entre seus negócios e o exercício da presidência.
Nas duas semanas e meia desde a eleição, aumentou a pressão sobre o republicano pela adoção de medidas que separem suas decisões como presidente dos interesses econômicos de seus negócios. Mas até agora, Trump se recusou a seguir as recomendações. Em entrevista ao New York Times na terça-feira, ele chegou a dizer que presidentes não têm conflitos de interesses, posição que é refutada por especialistas.
Vagas. Na próxima semana, Trump deverá anunciar sua escolha para o Departamento de Estado, a mais importante posição para a política externa americana. Os dois principais nomes em consideração são o ex-candidato à presidência Mitt Romney e o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani. Também estão no páreo os generais John Kelly e David Petraeus e o senador Bob Corker.