Trump sugere ter informações sobre hackers

Em entrevista na noite de sábado, presidente eleito dos EUA afirmou que 'sabe de coisas que as outras pessoas não sabem' sobre os ataques

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Por Redação Internacional
Atualização:

WEST PALM BEACH, EUA - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, expressando mais uma vez seu ceticismo sobre avaliações das agências de inteligência de seu país sobre a interferência russa na eleição presidencial, afirmou na noite de sábado que "sabe de coisas que as outras pessoas não sabem" sobre os ataques. Trump disse que essas informações devem ser reveladas "na terça-feira (amanhã) ou na quarta".

"Eu só quero que eles (os serviços de inteligência) tenham certeza porque são acusações muito graves", disse Trump. "Se lembramos do caso das armas de destruição em massa, eles estavam errados e foi um desastre", completou, fazendo referência ao argumento usado em 2003 pelo então presidente George W. Bush para invadir o Iraque.

Trump conversa com repórteres antes de festa de ano-novo em um de seus resorts na Flórida (AP Photo/Evan Vucci) Foto: Estadão

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"Por isso, eu só quero que eles tenham certeza. Acredito ser injusto se eles não souberem", afirmou o republicano. Trump não apresentou, porém, provas para embasar suas afirmações, da mesma forma como em outros casos polêmicos nos quais ele fez afirmações misteriosas sem prová-las.

O presidente eleito também voltou a defender que casos de invasão são muito complexos de serem comprovados e defendeu que outros agentes ou governos poderiam estar por trás dos ataques aos e-mails do Comitê Nacional Democrata.

"Eu sei bastante sobre invasões de hacker. E eu também sei coisas que outras pessoas não sabem, então eles não podem ter certeza sobre essa situação", disse. Trump se recusou, porém, a dizer o que exatamente ele sabia, deixando no ar a sugestão de que essas informações serão reveladas amanhã ou na quarta-feira.

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Dissonante. O senador republicano John McCain - que faz um giro por países do Báltico com outros políticos americanos - afirmou ontem que os EUA só poderão melhorar suas relações com a Rússia assumindo uma posição dura em relação ao presidente Vladimir Putin e impondo sanções mais fortes contra Moscou. "Acredito Vladimir Putin continuará sua agressão. Por isso, devemos combater (as políticas) de Putin", disse McCain em Tbilisi, capital da Geórgia. / NYT e REUTERS

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