Fátima Lacerda
13 de agosto de 2016 | 13h46
© Bernard Larsson/ SMB
Quando jovem, 22 anos, o fotógrafo alemão -sueco Bernard Larsson, crescido em Hamburgo e Estolcolmo era fotógrafo da “Vogue” em Paris. Ao ouvir sobre a divisão de Berlim por um muro de concreto, o jovem fotógrafo largou seu emprego na “Vogue” e foi fotografar nas duas partes de Berlim. Ao tentar um visto, teve muitas burocracias como empecilho e por isso, entrou na parte Oriental como turista. De acordo com o procedimento, era necessário que o visitante saisse do território comunista à meia-noite. Quando o passaporte alemão não ajudava, ele tentava com o passaporte sueco. As imagens que fez das duas partes de Berlim são cobiçadas hoje. No entanto, na época do Muro, os ocidentais não queriam ver suas fotos, que mostravam uma normalidade e não “O Reino do Mal”
Em 1964 o jornal “Die Zeit” publicou todo o seu livre titulado “A cidade inteira de Berlim”.
© Bernard Larsson/ SMB
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Berlim Ocidental, 1962
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Rua Neue WilhelmstraÃe, Berlim Oriental. Ano desconhecido. O quadro que chama atencao para a “Imprensa Democratica” se mostra vazio.
© Bernard Larsson/ SMB
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Ao fotógrafo saltou ao olhos a ausência de homens no cenário urbano. Na esmagadora maioria, o fotógrafo presenciou mulheres acompanhadas de criancas, indício para o grande número de mortos de homens na II Guerra Mundial. Foram as “Mulheres dos Escombros” que, com disciplina prussiana, reconstruiram Berlim.
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