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Barack Obama confirmou agora na Casa Branca que armas químicas foram usadas na Síria. Mas não se sabe "quem , quando e onde" estes armamentos foram utilizados. Por este motivo, o presidente afirmou que precisa ser "cauteloso" no conflito, descartando uma intervenção neste momento.
Afinal, dois em cada três americanos são contra uma intervenção militar dos EUA na Síria. Além disso, conforme escrevi ontem e insisto aqui de novo - todas as opções de intervenção para os EUA na Síria são péssimas e nenhuma delas teria como resultado a estabilização do país. Obama e seu governo, com uma certa razão, querem distância desta confusão. Entrar em uma guerra é fácil. O duro é sair. Foram nove anos de Iraque e já são 13 de Afeganistão.
Para completar, a Síria não tem saída. É triste, muito triste. Mas países entram em colapso. O Líbano, o Iraque e o Afeganistão são três exemplos no passado e no presente de nações que morreram. Os libaneses conseguiram ressuscitar, mas demorou 15 anos de conflito e dez reconstrução.
Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires