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De Beirute a Nova York

Apesar de Erdogan, Netanyahu sabe da importância da Turquia

Veja meu comentário no JORNAL DAS DEZ DA GLOBO NEWS sobre este mesmo assunto e também da renúncia do premiê libanês

Por gustavochacra
Atualização:

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ENTENDA A RENÚNCIA DO PREMIÊ DO LÍBANO

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NENHUM ISRAELENSE FOI MORTO POR TERRORISTA DA CISJORDÂNIA EM 2012

REBELDES SÍRIOS NÃO SÃO APENAS OS TERRORISTAS DE DAMASCO

O acordo entre a Turquia e Israel foi a grande vitória de Barack Obama em sua viagem ao Oriente Médio. Seus dois aliados, com relações estremecidas há quatro anos, reataram os laços diplomáticos depois de o premiê Benjamin Netanyahu pedir desculpas pelo episódio da Flotilha de Gaza.

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Turcos e israelenses eram muito próximos nos passados, realizando exercícios militares conjuntos. O cenário começou a se deteriorar depois da guerra de Gaza, no fim de 2008 e começo de 2009. O premiê turco, Recep Tayyp Erdogan, nunca perdoou Israel por não ter sido avisado. Posteriormente, agrediu verbalmente o presidente israelense, Shimon Peres. A Flotilha de Gaza agravou ainda mais os ânimos porque a maior parte dos mortos na operação israelense para impedir a chegada de barcos a Gaza era de origem turca.

Agora os dois países voltam a ter condições de trabalhar conjuntamente. Israel será favorecido por dois motivos. Primeiro, a Turquia é o principal agente externo na Síria e será fundamental para a segurança israelense nas colinas do Golã diante de uma possível queda de Bashar al Assad. Os turcos também são importantes na questão militar iraniana. Os dois países ainda possuem interesses comuns no Azerbaijão.

Erdogan, por sua vez, consegue uma vitória diplomática. Poderá, com todo o seu populismo, bradar que Israel pediu desculpas para ele e seguirá com suas ambições de ser o presidente da Turquia em um regime presidencialista - atualmente ele é premiê em um regime parlamentarista. Os EUA e Israel precisariam tomar mais cuidado com este líder turco, embora a Turquia realmente seja muito importante.

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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