A estratégia de Pyongyang é tentar provocar uma espécie de "cisma" entre a Coreia do Sul e os EUA neste momento em que os americanos são governados por Donald Trump, que desfruta de pouca popularidade na Coreia do Sul e não possui química com o presidente sul-coreano Moon Jae-in.
Moon, por sua vez, é um genuíno pacifista nos moldes de Yitzhac Rabin e comandou esforços diplomáticos no passado para a aproximação entre os dois países. Foi ele o grande responsável pela participação da Coreia do Norte na Olimpíada. Um dos temores dele era o de que os jogos acabassem sendo ofuscados por um teste de míssil de Pyongyang. Mas, no fim, apesar das geniais patinadoras russas e das snowboarders americanas, quem tem ofuscado a Coreia do Sul na Olimpíada é a Coreia do Norte.
A grande questão é se esta "aproximação" das duas Coreias irá perdurar nos próximos meses.