O lobby israelense nos EUA
Charles Freeman pediu para que não considerassem seu nome para o posto de diretor do Conselho Nacional de Inteligência. Ele havia sido indicado por Dennis Blair, diretor nacional de inteligência dos Estados Unidos. A decisão ocorreu depois de enorme pressão de organizações pró-Israel americanas. Eles afirmam que Freeman fez declarações anti-Israel no passado. Mesmo depois de pedir o afastamento, ele não deixou de lado as suas críticas ao governo israelense. "Israel está se dirigindo para um abismo. É uma irresponsabilidade não questionar a política israelense e o que é melhor para a população americana", disse. Posição similar foi defendida pelo professor John Mearsheimer, diretor do programa de Segurança Internacional da Universidade de Chicago, e Stephen Walt, professor de Relações Internacionais de Harvard, em livro crítico das consequências do lobby de Israel para a política americana. Os dois são dos maiores acadêmicos especializados em segurança em todo o mundo.
Nos EUA, é permitido fazer lobby e vários outros grupos agem da mesma forma que os pró-Israel. Entre eles, os armênios, que tentam convencer o Congresso em votação em abril a condenar o genocídio armênios. E os libaneses, que conseguiram articular uma lei anti-Síria em 2004.
O lobby árabe na França
Reportagem da Newsweek afirma que o Parlamento francês aprovou uma lei no início deste ano permitindo que a família do emir do Qatar pague menos impostos pelos seus imóveis na França. O Qatar ajudou o governo de Sarkozy na negociação para libertar as enfermeiras búlgaras e um médico palestino que estavam presos na Líbia. Especula-se que o Qatar teria pago os US$ 460 milhões exigidos pelo líder líbio Muammar Kaddafi. Eles também contribuíram para evitar uma nova guerra civil no Líbano, no ano passado, ao negociar um acordo entre facções rivais.
Shalit, a história que nunca termina
Mais uma vez, parece que Israel e o Hamas estão próximos de um acordo para libertar Gilad Shalit, capturado há quase três anos pela organização palestina. Segundo o Haaretz, Israel estaria disposto a libertar 450 membros do Hamas, mas exige que parte deles seja exilada. O grupo não concorda. Para complicar, não há provas de que o soldado esteja vivo. Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores. Não é permitidio postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima