Atualmente, os Gemayel são quase irrelevantes. O ex-presidente Amin Gemayel sequer conseguiu se eleger para o posto de deputado em seu distrito, sendo derrotado pelo candidato apoiado pelo líder cristão Michel Aoun, principal aliado do Hezbollah. Sami também recebe críticas por se recusar a dizer ser árabe, se identificando como cristão maronita e fenício. Sua popularidade é quase nula. O controle do pensamento fascista da Phalange passou há anos para o líder cristão Samir Gaegea, que integra a coalizão comandada pelo premiê Saad Hariri, um sunita.
Apesar deste histórico, Sami Gemayel falou uma verdade e, infelizmente, passou a ser condenado pelo Hezbollah. Segundo o político libanês, quem colabora com o Irã prejudica tanto os interesses libaneses quanto os que colaboram com Israel. Sami está certo. A aliança do Hezbollah com os iranianos não pode ser diferenciada da que existiu entre o Exército do Sul do Líbano, uma milícia cristã e xiita, com Israel nos anos 1980 e 90. Os libaneses que espionam para o Irã em Beirute devem ser presos e condenados por traição assim como vem ocorrendo com agentes a serviço de Israel.
Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes
O jornalista Gustavo Chacra, mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia, é correspondente de "O Estado de S. Paulo" em Nova York. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Yemen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al Qaeda no Yemen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo em 2009, empatado com o blogueiro Ariel Palacios