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De Beirute a Nova York

De NY a LA - Muçulmanos dos EUA premiam dois judeus por combate à islamofobia

O comediante Jon Stewart, que apresenta o Daily Show no Commedy Central (e na CNN International), e o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, foram premiados pelo Conselho de Relações Islâmico-Americanas (CAIR) e pela Universidade Berkeley pelos seus esforços na luta contra islamofobia (preconceito ou aversão aos muçulmanos). Tanto o político como o humorista são judeus. O CAIR é a maior entidade islâmica dos EUA. Entre os maiores islamofóbicos, o CAIR e Berkeley incluíram o muçulmano Osama bin Laden e a rede terrorista Al Qaeda, entre outras figuras, como o pré-candidato republicano Newt Gingrich.

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Por gustavochacra
Atualização:

Esta eleição deve servir de símbolo contra o argumento daqueles que acham que judeus e muçulmanos se odeiam ou que Bin Laden é um herói da religião islamica. Há judeus islamofóbicos? Sim. Há muçulmanos anti-semitas? Sim. Assim como em todas as outras religiões ou mesmo entre os ateus. Conforme mostra o estudo, as ações do terrorista saudita provocaram mais islamofobia do que muitas declarações de islamofóbicos. Ninguém prejudicou tanto os muçulmanos na última década como Bin Laden.

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Alguns dirão que entidades judaicas não premiam muçulmanos por seus discursos contra o anti-semitismo. Não é verdade. Fareed Zakaria, comentarista da CNN e da revista Time, foi premiado pela Anti-Defamation League. Posteriormente, ele devolveu o prêmio por discordar da posição da entidade em relação ao centro esportivo e social multi-religioso coordenado por muçulmanos próximo ao Groun Zero. Sua postura era a mesma de Bloomberg, que não via problema algum na obra. O prefeito de Nova York sempre busca ao máximo entender a religião islâmica e tem como braço direito a muçulmana Fatima Shama, uma brasileira-palestina.

E no Brasil, como sabemos, cresce também a islamofobia. Muitos islamofóbicos nunca viram um muçulmano ao vivo. Odeiam tudo o que for diferente deles. São racistas. Alguns deles são também anti-semitas.

Obs. Sigo de férias do jornal na Califórnia

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O jornalista Gustavo Chacra, mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia, é correspondente de "O Estado de S. Paulo" em Nova York. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Yemen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al Qaeda no Yemen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo em 2009, empatado com o blogueiro Ariel Palacios 

 

 

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