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De Beirute a Nova York

Defender o embargo a Cuba é uma política de direita ou de esquerda?

A Revista The Economist, bastião do livre-mercado há quase dois séculos, defendeu em editorial nesta edição o fim do embargo a Cuba, citando razões econômicas. Eu tb sempre achei embargos econômicos políticas de esquerda e ultrapassadas. Basta ver como os EUA se beneficiam do comércio com o Vietnã e a China e perdem com os embargos a Cuba e ao Irã. No fim, Brasil, China e Europa aproveitam.

Por gustavochacra
Atualização:

O ex-governador da Florida Charlie Crist, um ex-republicano que deve voltar ao cargo como democrata, também passou a defender o fim do embargo, assim como muitos jovens cubano-americanos. Simplesmente, o embargo a Cuba é, atualmente, uma estratégia burra e não funcionou, ao longo de 54 anos, para tirar do poder o ditadura dos irmãos Castro. Isso em uma ilha na qual fenômenos da travessia já conseguiram cruzar a nado para a Flórida.

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Nos tempos da Guerra Fria, para os EUA, fazia sentido o embargo. Mas, nos dias de hoje, ainda mais com o regime cubano querendo abrir a economia, conforme afirma a The Economist, que é tudo menos de esquerda, esta política apenas prejudica os americanos.

Infelizmente, nos EUA, existe uma direita que age como esquerda ao colocar obstáculos ao livre-mercado. Economias abertas, e não protecionistas, sempre serão beneficiadas. O Irã compra frango do Brasil, que poderia comprar petróleo barato do Irã. Cuba pode exportar cana de açúcar para os EUA mais barato que é para os americanos comprar do Brasil ou usar o milho. Os cubanos podem comprar produtos industrializados dos EUA em vez da Europa. 

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Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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