. 49 libaneses foram presos. Eles surgiram de algum lugar. Não estavam no Egito para conhecer as pirâmides . A posição do Egito na Guerra de Gaza foi duramente criticada no mundo árabe, inclusive pelo Hezbollah. Os atentados serviriam como vingança pela atitude do Egito de se posicionar contra o Hamas e fechar a sua fronteira com Faixa de Gaza, impedindo que civis palestinos fugissem dos bombardeios israelenses . Sob pressão dos Estados Unidos e de Israel, o Egito estaria freando o tráfico de armas para o Hamas . O acordo de paz assinado entre Egito e Israel há 30 anos ainda é visto como uma traição no mundo islâmico
Por que pode ser mentira
. O Egito é uma ditadura e o regime de Hosni Mubarak manipula informações. O líder egípcio teria interesse, neste momento, em se posicionar contra o Hezbollah para fortalecer aliados no Líbano e, acima de tudo, desqualificar a aproximação de Estados Unidos e Irã. Para completar, atentados no Egito enfraqueceriam a imagem do Irã no mundo muçulmano . O Hezbollah, desde o início dos anos 1990, não comete atentados fora das fronteiras libanesas . A organização xiita disputará eleições em junho no Líbano e sua coalizão tem chances de vencer. Uma série de atentados certamente afundaria as perspectivas de sucesso do grupo, que depende de votos de cristãos . O Irã não desgastaria a sua imagem com atentados no Egito
Em resumo Nunca foi fácil saber onde está a verdade no Oriente Médio. Ditaduras e serviços de inteligência controlam a informação. Jornalistas enfrentam enormes obstáculos para investigar uma história. No Líbano, apesar de ser uma democracia, o Estado é fraco. Teorias da conspiração emergem todos os dias. Claro, a prisão de agentes no Cairo é um prato cheio. O Hezbollah, no seu site, já elaborou a primeira delas.
De qualquer forma, independentemente de ser verdade ou não do regime de Mubarak, o Egito está em rota de colisão com o Irã. A Guerra Fria está esquentando. Os egípcios sabem que serão desinteressantes se os Estados Unidos restabelecerem diálogo com o Teerã. Nos tempos do xá, quem recebia a ajuda militar e financeira eram os iranianos, não os egípcios. Para Mubarak, Israel não é um inimigo, ainda que Lieberman, chanceler israelense, tenha dito para ele ir para o inferno. O adversário predileto de Mubarak, depois da Irmandade Muçulmana, é o Irã.
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