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De Beirute a Nova York

Em 20 anos, acharemos estranho que presidentes não reconheciam casamento gay

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Por gustavochacra
Atualização:

no twitter @gugachacra

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Em uma era em que alguns dos programas de maior sucesso da TV dos EUA são Glee e Modern Family, ambos com personagens homossexuais, não é de se espantar que o presidente Barack Obama tenha declarado apoio a casamento de pessoas do mesmo sexo. Provavelmente, ele será um dos últimos a ter sido contra. Nas eleições de 2032, os eleitores acharão surreal alguém ter se posicionado contra a união de homossexuais. Afinal, o apoio é de 78% entre os com menos de 25 anos.

Verdade, nos EUA ainda existem muitos religiosos radicais. Basta ver o suporte ao fanático Rick Santorum, segundo colocado nas primárias republicanas. Mas os jovens e a população como um todo cada vez mais é liberal. Mitt Romney, que está longe de ser um conservador em questões sociais, não deve polemizar muito com Obama sob o risco de perder o eleitorado independente mais moderado. Preferiu manter uma posição idêntica à do atual ocupante da Casa Branca até horas atrás.

Obama também demonstrou coragem. Verdade que o apoio ao casamento gay cresce nos EUA. Mas muitos integrantes de sua base, especialmente entre as minorias hispânicas e afro-americana, tende a ser mais conservadora.

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No fim, porém, a posição do presidente não afetará o resultado das eleições. Como escrevi diversas vezes, a sensação econômica nos swing states, como são chamados os Estados sem predomínio democrata ou republicano, determinará se o presidente consegue se reeleger ou não. Se por positiva, Obama vence. Se for negativa, Romney será eleito.

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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

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