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De Beirute a Nova York

Debate foi de Oriente Médio, não de política externa

Por gustavochacra
Atualização:

Barack Obama e Mitt Romney concordaram em praticamente todas as questões de política externa no debate da noite desta segunda-feira. O presidente e seu rival republicanose repetiam quando precisavam falar de Síria, Egito, Líbia, Irã, Israel, Drones no Iêmen e Afeganistão. E o encontro foi sonolento. Muitos americanos devem ter mudado de canal para ver a Monday Night Football ou a espetacular vitória do Giants contra o Cardinals no baseball, conseguindo a classificação para a World Series.

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Segundo pesquisa da CNN Obama venceu por 48% a 40%, com margem de erro de 4,5 pontos percentuais. Honestamente, eu enxerguei como um empate. Não diria que um dos dois venceu. Muito menos que um deles será beneficiado eleitoralmente pelo resultado.Além disso, o tom do debate foi bem amigável, sem os momentos de quase briga no encontro anterior.

Como previsto, os dois praticamente falaram apenas do Oriente Médio e da China. A América Latina foi citada apenas por Romney, ao mais uma vez defender o comércio com a região. Obama ignorou o continente.

No fim, os dois se diferem em questões econômicas e sociais. Mas em política externa são idênticos. Os drones no Iêmen que o digam, com suspeitos sem direito a um julgamento justo sendo mortos, além de crianças, mulheres e idosos que morrem como efeito colateral.

Com o fim dos encontros, Obama segue com um leve favoritismo porque seu caminho no colégio eleitoral possui menos obstáculos. Romney precisará torcer para que a base do presidente não compareça em peso no dia da eleição.

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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade ColumbiaTambém é comentarista do programa Em Pauta, na Globo News. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen.No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

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