PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

De Beirute a Nova York

Entenda a disputa sobre a Síria no Conselho de Segurança

Vou tentar ser o mais didático possível para explicar os embates no Conselho de Segurança da ONU envolvendo a crise síria. De um lado, como sabemos, está a Rússia. De outro, EUA, França e Grã Bretanha. As visões deles são distintas sobre o que acontece na Síria, apesar de concordarem na necessidade de colocar um fim à violência.

Por gustavochacra
Atualização:

A Rússia não idolatra Bashar al Assad. Simplesmente acha que o líder sírio desfruta de expressivo apoio da população e não há como forçar a saída de um governante popular do poder sem agravar a guerra civil. Também possui preocupação com o radicalismo sunita dos opositores e busca defender as minorias cristã e alauíta, que são mais moderadas em hábitos sociais

PUBLICIDADE

Os EUA e os europeus acham que nada justifica a permanência do que eles classificam como ditador sanguinário no poder. Existe uma preocupação com o radicalismo de alguns setores da oposição. Mas a maioria de seus membros seria apenas a favor da queda do regime. Em uma democracia, segundo eles, as minorias religiosas estariam protegidas

Para os americanos e europeus, seria necessário a adoção do artigo 41 do capítulo 7 da ONU, com a inclusão de ameaça de sanções ao regime sírio caso este não cumpra com as exigências do plano de Annan. Os russos consideram esta exigência ineficaz para resolver a crise síria e acusa o Ocidente de querer uma mudança de regime

Como todos possuem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e a missão dos observadores da ONU se encerra na sexta, rumamos para um choque. Então, que tal tentar uma teoria dos jogos para ver o que acontecerá no órgão decisório máximo das Nações Unidas? Podem mandar as suas sugestões

Leiam ainda o blog Radar Global. Acompanhem também a página do Inter do Estadão no Facebook

Publicidade

Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen. Também é comentarista do programa Em Pauta, na Globo News. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

no twitter @gugachacra

 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.