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"NETANYAHU, QUAL DEVE SER A FRONTEIRA DA PALESTINA?"
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ATÉ QUANDO OBAMA CULPARÁ BUSH?
No início deste ano, existia um status quo na península coreana. O regime de Pyongyang, porém, levou adiante testes com mísseis e também nuclear. Esta ação provou insatisfação na comunidade internacional e uma nova rodada de sanções foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.
Para amenizar o impacto destas sanções, a Coreia do Norte precisaria ceder, ficando em uma situação inferior ao status quo da virada do ano. A alternativa seria aumentar o poder de barganha. Isto é, elevar o tom do discurso e ameaçar ataques, como vem ocorrendo agora.
O custo da ausência de um acordo se elevaria para os EUA e especialmente para a Coreia do Sul, especialmente agora que seu mercado financeiro passa a ser afetado. Assim, Seul e Washington passam a ser forçados a ceder às pressões de Pyongyang, fazendo concessões, pois a alternativa seria um conflito.
Desta forma, o regime de Pyongyang conseguiu inverter a equação. Os EUA e a Coreia do Sul, por enquanto, tentam elevar o tom, mas sabem que, uma vez afetada a economia em Seul, é melhor resolver a crise o quanto antes e voltar a negociar. Não obstante, sempre é possível um acidente que leve a uma espiral da guerra. Mas esta não parece ser a maior probabilidade.
Vejam a equação
Antes da crise
Sanções da ONU = Coreia do Norte faz concessões = mudança no status quo com enfraquecimento de Pyongyang
Com a crise
Coreia do Norte endurece retórica = EUA e Coreia do Sul temem escalada = mudança no status quo com fortalecimento de Pyongyang
Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires
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