PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

De Beirute a Nova York

EUA não gostaram da ação da França em Mali

A intervenção da França em Mali provocou insatisfação nos EUA. O governo americano vê com a apreensão a situação no país africano. Mas avaliava que o ideal seria uma ação de Forças Armadas da ECOWAS, como é chamado o grupo de países do oeste da África.

Por gustavochacra
Atualização:

Desta forma, o problema do norte do Mali, controlado por grupos ligados à Al Qaeda no Maghreb, deveria ser tratado como uma questão regional, na avaliação dos americanos. Os EUA dariam apenas suporte logístico, como informações de inteligência coletadas através dos drones.

PUBLICIDADE

A ação da França surpreendeu o governo de Barack Obama. Agora, todos foram sugados para o conflito. As tropas ainda serão apenas francesas e africanas. Mas os EUA serão pressionados a ajudar. O medo, em Washington, é que a Al Qaeda no Maghreb passe a ter ambição de se vingar atacando alvos na Europa e mesmo no território americano. Uma questão regional teria virado global.

A Al Qaeda no Maghreb, portanto, passaria a ser tratada como a Al Qaeda na Península Arabíca e a Al Qaeda no Paquistão. Este não era o objetivo dos americanos. A estratégia era conter os grupos islâmicos no norte do Mali e, posteriormente, usar a ECOWAS para reconquistar o território. A França estragou os planos e os americanos precisarão lidar com três focos da Al Qaeda a partir agora - Mali, Yemen e Paquistão.

Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009 e comentarista do programa Globo News Em Pauta, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti, Furacão Sandy, Eleições Americanas e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen.No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.