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De Beirute a Nova York

Fome na Somália 260 mil x 80 mil Guerra da Síria

As pessoas defendem uma intervenção na Síria para salvar vidas. Primeiro, uma ação militar externa não interromperá o conflito. No Iraque, a guerra começou com a queda de Saddam. Os milicianos armados pelos EUA no Afeganistão viraram o Taleban anos depois. Na Líbia, ex-guerrilheiros se transformaram em terroristas e cometeram atentados contra o consulado americano em Benghasi e a embaixada francesa em Trípoli.

Por gustavochacra
Atualização:

Além disso, se quiser mesmo salvar vidas, defenda uma intervenção humanitária na Somália, no Haiti e, por que não, na Síria. Segundo relatório publicado hoje pela ONU, 260 mil pessoas morreram na Somália de fome entre 2010 e 2012. O valor é o triplo do de vítimas na Síria. No Haiti, no terremoto, em um dia teriam morridos mais pessoas do que em toda a guerra civil síria.

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Os sírios também seriam beneficiados caso houvesse uma intervenção humanitária para ajudar refugiados no Líbano e na Jordânia. São 1 milhão ao todo. O Qatar e a Arábia Saudita poderiam doar dinheiro para eles em vez de gastar com grupos da oposição síria muitas vezes ligados à Al Qaeda. Os EUA deveriam pressionar a Rússia para uma resolução exigindo que o regime de Bashar al Assad permita a entrada de ajuda humanitária, em vez de ficar tentando sanções inócuas que serão vetadas por Moscou.

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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